Temer quer Meirelles como vice de Alckmin

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O presidente Michel Temer avisou a dirigentes do MDB que não disputará a reeleição e está à procura de um candidato para aglutinar o chamado centro político na campanha. A primeira conversa mais concreta neste sentido ocorreu nesta terça-feira, 8, quando Temer se encontrou com o ex-ministro da Indústria e Comércio Exterior Marcos Pereira, presidente do PRB.

Temer já havia assegurado que não tentará novo mandato ao participar, no último sábado, do lançamento da pré-candidatura do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ao governo paulista. Desde então, intensificou as articulações em busca de um concorrente.

Na manhã desta terça, por exemplo, quase ao mesmo tempo em que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa anunciava a desistência de disputar o Palácio do Planalto, Temer se reunia com o chefe do PRB para tratar do cenário eleitoral.

O pré-candidato do partido é o empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo. Com perfil liberal e ligado à Igreja Sara Nossa Terra, ele também tem mantido diálogo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o senador Alvaro Dias (PR), do Podemos, ambos presidenciáveis.

Interlocutores de Temer dizem que as conversas com o PRB começaram a avançar. Uma dobradinha entre o MDB e o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin – tendo o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como vice de uma chapa liderada pelo tucano – ainda é vista com ceticismo no Planalto.

Nos bastidores, dirigentes do MDB lembram que foi o ex-prefeito João Doria (PSDB) quem estimulou essa aliança, na tentativa de tirar de Skaf a candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. No arranjo proposto, Skaf concorreria ao Senado na chapa de Doria. O presidente da Fiesp, porém, recusou a oferta. Meirelles, por sua vez, disse a Temer que não quer ser vice, muito menos de Alckmin.

Uma ala do PSDB prega a união com o MDB por estar atrás do seu maior dote: o tempo de TV na propaganda política. Até agora, no entanto, Alckmin resiste a defender o que no Planalto se chama de “legado” do presidente.

Com informações do Estadão