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Doria mente em sabatina sobre guarda civil de SP

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Doria, candidatoJoão Doria, ex-prefeito e atual pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, participou na manhã de segunda-feira (11) da sabatina Folha, UOL e SBT. Veja as checagens feitas pela Lupa:

“Investimos fortemente para reequipar e melhorar a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo”
FALSO O Portal de Transparência da Prefeitura de São Paulo mostra que, em 2017, único ano completo de João Doria como prefeito, o investimento feito pelo município na Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi menor do que o registrado nos quatro anos anteriores. Considerando apenas rubricas que citam a GCM diretamente, o gasto total do ano passado foi de R$ 18,3 milhões. O investimento, de R$ 60,8 mil. Se considerado o orçamento global da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, o gasto total —de R$ 465,9 milhões— foi inferior aos R$ 487 milhões de 2016 (em valores corrigidos). O investimento —de R$ 640,6 mil— foi, por sua vez, o menor dos últimos cinco anos. Na análise foram considerados os valores efetivamente pagos. Procurado, Doria não respondeu.

“A Cúria Metropolitana foi quem propôs [a farinata]”
EXAGERADO A farinata, alimento feito a partir de produtos com datas críticas de vencimento ou fora do padrão de comercialização, foi, na verdade, uma iniciativa da Plataforma Sinergia —entidade que dizia estudar formas de combater a fome. Em outubro de 2017, Doria sancionou o projeto de lei autorizando que o produto integrasse o programa Alimento para Todos. Para a oposição, tratava-se de “ração humana”. Na época, o cardeal Odilo Scherer disse que a Arquidiocese de São Paulo apenas apoiava a plataforma. Procurado, Doria não respondeu.

“Não recebi recursos [de campanha] da JBS, nem da Odebrecht, nem de nenhuma construtora”
VERDADEIRO, MAS
 A prestação de contas que Doria fez ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2016, único ano em que disputou um cargo eletivo, mostra que nem a JBS, nem a Odebrecht, nem qualquer empreiteira envolvida na Lava Jato doou para sua campanha, visto que, em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu que empresas fizessem doações. O maior doador de Doria em 2016 foi ele próprio, com R$ 4,4 milhões. No total, ele arrecadou R$ 12,4 milhões. Procurado, Doria não respondeu.

“Os ônibus articulados e biarticulados da Prefeitura de São Paulo já estão previstos para ter câmeras de segurança”
VERDADEIRO, MAS
 Em abril deste ano, a Prefeitura de São Paulo lançou um edital para licitar o transporte público da cidade e ele de fato prevê que os ônibus articulados e biarticulados terão circuito fechado de televisão. Isso aparece no detalhamento dos padrões técnicos que os novos veículos precisam obedecer. Mas essa licitação foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Município na última semana. Após auditoria, o tribunal apontou 51 irregularidades e 20 impropriedades no edital. Vale ressaltar que essa licitação se arrasta desde 2015, quando o TCM fez os primeiros apontamentos de irregularidades no edital. Procurado, Doria não respondeu.

“Participei de prévias [no PSDB] (…) e venci com 80,26% dos votos”
VERDADEIRO
 Em março de 2018, Doria foi escolhido candidato do PSDB ao governo de São Paulo nas prévias. Ele obteve 11.993 votos, 80,02% do total. Seus adversários Floriano Pesaro, Luiz Felipe D’Ávila e José Aníbal tiveram, respectivamente, 7,31%, 6,59% e 5,98% dos votos.

Com informações da Folha