Primeiro chefe de governo de país rico pede libertação de Lula
Na semana que finda, a Espanha sofreu uma reviravolta política surpreendente. O governo de direita de Mariano Rajoy, do Partido Popular, caiu e, em seu lugar, assumiu Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), de esquerda. Sánchez já começou seu governo com uma importante manifestação política: pediu a libertação do ex-presidente Lula!
O líder socialista, que também é secretário-geral do PSOE, conseguiu reunir apoios de diferentes partidos de esquerda, até então divididos, e, assim, agora a Espanha tem um governo progressista.
A boa notícia é que Sánchez é um admirador do ex-presidente Lula. Segundo o jornal espanhol El País, em 2015 ele esteve no Brasil e se reuniu com Lula e disse que o ex-presidente era “uma referência em política global, da boa política”.
“Lula apostou em construir uma classe média forte no Brasil por um progresso inclusivo e uma economia justa. É isso que também quero para a Espanha”, disse Sánchez à época, quando ainda era, apenas, secretário-geral do PSOE.
Agora, ao assumir o governo de seu país como primeiro-ministro, Sanchez faz uma importante manifestação política ao se deixar fotografar segurando um cartaz pedindo a libertação do ex-presidente Lula.
Na prática, o governo espanhol passa a ser simpático à liberdade para o ex-presidente brasileiro, juntando-se a todo um movimento internacional crescente que pede a mesma coisa.
Passado o ano eleitoral de 2018, será praticamente impossível ao novo governo brasileiro sustentar a prisão ilegal de Lula. Haverá que ser tomada uma providência para limpar a imagem internacional do Brasil, atualmente considerado uma ditadura que encarcerou o líder da oposição para impedir que fosse eleito presidente.
O cerco vai se fechando ao redor dos golpistas. Logo, não terão mais para onde correr.
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