Má notícia para Bolsonaro: cai número de eleitores adolescentes

Todos os posts, Últimas notícias

Proporção de adolescentes eleitores será menor nesta eleição, e não maior. Dados atualizados que o TSE divulgou, considerando idade no dia do pleito, contradizem reportagem publicada pela Folha de S. Paulo. Isso complica a situação de Jair Bolsonaro, que tem entre seus eleitores uma massiva quantidade de adolescentes.

Segundo a reportagem, a proporção de jovens entre 16 e 17 anos que tiraram o título para votar nas eleições deste ano caiu em relação a 2014, não subiu, como a Folha informou no sábado (28).

Há quatro anos, a proporção de jovens eleitores nessa faixa de idade, cujo voto é facultativo, era de 23,33%. Para as eleições deste ano, é de 21,58%, uma queda de 7,5%.

A reportagem havia incorretamente informado aumento, de 23,33% para 29,5%.

A divergência ocorreu porque os dados referentes a 2018 que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fornece ao público consideram a idade dos eleitores em maio passado.

Nesta quarta (1º), o tribunal divulgou balanço que considera a idade que o eleitor terá no dia votação, em outubro. Assim, uma faixa dos eleitores de 17 anos migra para a de 18 anos. Isso representa uma diferença de 487.948 eleitores entre o publicado pela Folha e o informado agora pelo TSE.

Na base de dados pública do TSE (utilizada pela imprensa, pesquisadores e políticos) não há menção de que possa haver cortes diferentes entre os números do eleitorado de eleições passadas e a atual.

Em bases de dados como essa, é comum haver alertas de possíveis problemas na análise dos dados. A própria base do TSE indica que pode haver inconsistência em relação à escolaridade e ao estado civil dos eleitores (cuja informação pode se referir à época do alistamento eleitoral, não à escolaridade ou ao estado civil atual do eleitor).

Apenas o TSE tem acesso à data de nascimento dos eleitores, informação que permite fazer o cálculo correto da idade do eleitorado considerando a data da votação.

O tribunal disse que a variação entre as duas bases de dados pode ter ocorrido também devido a uma auditoria feita pela instituição nas informações iniciais.

A assessoria de imprensa do TSE afirmou que o impacto da auditoria é residual, mas não informou o tamanho da mudança. O órgão disse também que deve alterar a forma de divulgar os dados, para deixá-los mais claros.

Com informações da Folha de S. Paulo.