PT registrará hoje, com grande ato popular, candidatura de Lula

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O Brasil vive um estado de exceção. Por isso, a resistência também vem por meio de ações inéditas, como a que acontecerá hoje à tarde, em Brasília. É a primeira vez na história que um candidato será registrado pelo próprio povo. Lula é um preso político.

Depois de quatro dias caminhando mais de cinquenta quilômetros, os marchantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra se encontraram ontem em Brasília. As três colunas estão reunidas no entorno do Ginásio Nilson Nelson, onde houve uma plenária de preparação para o grande ato no dia 15 de agosto, quando será homologada a candidatura de Lula no TSE.

O evento contou com a presença de Gleisi Hoffmann e outras lideranças. Em discurso, ela agradeceu os movimento campesinos pela luta aguerrida por justiça para Lula. “Desde o golpe, o povo camponês assumiu um papel de resistência sem precedentes nessa história. Nós teimamos em continuar a luta apesar deles continuamos aqui é vamos registrá-lo nos braços do povo.”

A senadora e presidenta nacional do PT reafirmou que o partido não abrirá mão da candidatura dele sob nenhuma hipótese. “Nós vamos com Lula até o final nas ruas, no dia 7 de outubro. O companheiro Haddad não é plano B, é vice. Nosso candidato se chama Luiz Inácio Lula da Silva. Se quiserem violentar o povo, não será por nossas mãos é por nossos dedos, porque nós vamos com Lula até a vitória.”

O ato foi organizado pelo MST, Via Campesina e outras entidades que integram a Frente Brasil Popular. De acordo com a organização, mais de 5 mil pessoas estão instaladas no local e outras caravanas chagaram ao longo da madrugada. A concentração para a caminhada até a sede do TSE começa a partir das 14 horas, saindo em direção ao Itamaraty. De lá, os militantes seguirão em linha reta até o destino final.

Também participaram do evento a senadora Regina Souza e os deputados Paulo PimentaPaulo Teixeira, Wadih Damous Nilto Tatto eLuiz Sergio, além dos ex-ministro Patrus Ananias e o ex-governador do RS Olívio Dutra.

Seis dos sete militantes que há 14 dias acompanham em greve de fome a batalha pela liberdade de Lula vieram ao ato. Bastante debilitados, eles foram trazidos pelos cuidadores para a frente do trio elétrico sob aplausos.

Mesmo abatidos, o grupo mostrou disposição para levar a pressão popular às últimas consequências. “Pela primeira vez, não é o candidato que vai registrar, mas o povo brasileiro que vai selar o compromisso em nome de Lula”, disseram. Eles prometeu aguardar em jejum o julgamento das ADCs da prisão em segunda instância pelo STF.

Com informações da Agência PT de Notícias.