Dispara número de seguidores de Haddad nas redes sociais

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O lançamento de sua candidatura fez com que o petista Fernando Haddad quase triplicasse o ritmo diário de novos seguidores no Facebook. O perfil de Jair Bolsonaro (PSL) também teve aumento no ganho de novos seguidores após o candidato levar uma facada na barriga.

Análise feita pela Folha no tamanho dos perfis na rede social dos candidatos à Presidência aponta que evento na “vida real” é o que mais impulsiona o número de novos seguidores no ambiente virtual.

No caso de Haddad, seu perfil cresceu em média 0,88% por dia desde 1º de agosto. No dia seguinte à oficialização de sua candidatura, ocupando posto do ex-presidente Lula, seu perfil estava 2,24% maior (quase o triplo que a sua média no período).

O perfil de Bolsonaro cresceu no período, em média, 0,25% por dia. Nos dias seguintes à facada que levou em Minas Gerais, seu crescimento dobrou (chegou a 0,67%).

O candidato do PSL tem um crescimento menor do que os concorrentes, mas é o que já possui a maior base de seguidores na plataforma. São 5,9 milhões, ante 2,3 milhões de Marina Silva, da Rede, e João Amoêdo, do Novo, que vêm logo em seguida no quesito.

Em geral, para os principais candidatos, tiveram forte influência no crescimento de seus perfis eventos como participação em sabatinas, divulgação de pesquisas eleitorais, viagens e fatos excepcionais, como o ataque a Bolsonaro.

A entrevista do candidato ao Jornal Nacional, no último dia 28, atraiu seu maior número de novos seguidores. Na mesma semana, Ciro Gomes (PDT) e Marina também se beneficiaram da participação em sabatinas.

O maior impulso de Geraldo Alckmin (PSDB) veio após seu encontro com o candidato ao governo de São Paulo João Doria (PSDB), conhecido pela presença constante nas redes sociais, seguido de sua participação no programa de rádio da CBN, no dia 4.

Professora da pós-graduação em comunicação social da PUC-Rio, Adriana Braga vê como positiva influência da “vida real” na rede social. “As pessoas podem debater no mundo digital esses acontecimentos”, disse Braga, também pesquisadora do CNPq (agência de fomento à ciência).

Fabro Steibel, professor da ESPM Rio e diretor executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade-Rio, vê como limitada a influência das redes sociais nesta eleição.

“Não podemos esquecer que só metade dos brasileiros está na internet e que as redes sociais não decidem o voto”, disse.

“A escolha é fruto de uma combinação muito mais complexa de fatores como conexões de amigos, percepções da realidade e lembranças de outros acontecimentos políticos”, afirmou Steibel.

Da FSP.