Gastos de ricos em suas campanhas mostram fragilidade da democracia
A reforma política de Eduardo Cunha, que se encontra preso, deixou ainda mais frágil a democracia brasileira. Ricaços esbanjam dinheiro em suas campanhas. O presidenciável Henrique Meirelles, MDB, ja torrou 44,2 milhões de reais.
O candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, registrou o maior gasto financeiro entre todos os concorrentes ao Palácio do Planalto com despesa de 44,2 milhões de reais, de acordo com balanço divulgado neste sábado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das prestações de contas parciais das campanhas.
O segundo maior gasto financeiro de campanha entre os candidatos à Presidência foi de Geraldo Alckmin (PSDB), com 31,5 milhões de reais, à frente da candidatura do PT, que teve gasto financeiro de 26,2 milhões de reais, segundo os números do TSE.
No balanço do TSE ainda aparecem os números relativos à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi barrado da disputa pelo próprio tribunal com base na Lei da Ficha Limpa. Nomeado como substituto de Lula pelo PT, Fernando Haddad não teve prestação de contas apresentada, segundo o TSE.
Na sequência das maiores despesas financeiras de campanha aparecem Ciro Gomes (PDT), com 8,3 milhões de reais; Alvaro Dias (Podemos), com 5,5 milhões de reais; Marina Silva (Rede), com 3,5 milhões de reais; Guilherme Boulos (PSOL), com 3,4 milhões de reais; e Jair Bolsonaro (PSL), com 975 mil reais.
Do lado da arrecadação, Alckmin foi quem mais recebeu recursos para a campanha, com um total de 46,3 milhões de reais, sendo 44,8 milhões de recursos públicos oriundos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Meirelles tem a segunda maior arrecadação, com 45 milhões de reais —inteiramente de recursos privados—, segundo o TSE.
Apesar de registrar o valor mais alto de gastos na campanha, Meirelles tem apenas 3 por cento das intenções de voto para o pleito de outubro, segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira. Bolsonaro lidera a pesquisa com 26 por cento, à frente de Ciro e Haddad, que apareceram empatados com 13 por cento, com Alckmin com 9 por cento e Marina com 8 por cento.
Da Reuters.