Haddad fala em ‘plataforma comum’ com Ciro

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Haddad sobre união no 2º turno: “Temos certeza de que o Ciro nos daria apoio”

Candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad disse ontem em São Paulo que é preciso “construir uma plataforma comum” visando o segundo turno das eleições com Ciro Gomes, seu rival na disputa ao Planalto e por quem tem sido criticado.
Em ato de campanha na Avenida Paulista, o ex-prefeito da capital disse que o processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “é viciado”, ao ser questionado sobre se concederá ou não indulto ao líder petista caso seja eleito.
O aceno a Ciro ocorreu quando Haddad foi indagado por jornalistas sobre se seu programa “Dívida Zero” teria sido inspirado na ideia do pedetista de limpar o nome dos consumidores no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Haddad respondeu que fez “um apanhado em todo o país”.

“Temos certeza de que o Ciro, aliás ele já declarou isso, nos daria apoio caso nós fôssemos ao segundo turno. Então, temos que construir uma plataforma comum.”

Ele também foi instado a responder sobre as declarações do governador de Minas Gerais, Fernado Pimentel, que disse que Haddad assinaria um indulto a Lula no primeiro dia de governo.

“O presidente Lula, na ocasião do registro de sua candidatura, pediu que seu processo fosse julgado com imparcialidade, como recomendou a Organização das Nações Unidas. A ONU está pedindo julgamento justo para o Lula. Se a ONU está pedindo, deve ter alguma razão”, respondeu Haddad, sem cravar se assinaria ou não o indulto.

“Os vícios do processo chamaram a atenção de vários chefes de Estado do mundo inteiro”, disse.
Haddad evitou criticar Geraldo Alckmin, que segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” assinou decretos de desapropriações que beneficiaram familiares dele em R$ 3,8 milhões: “Eu não vou ser irresponsável de falar sobre um assunto sobre o qual eu não tenho conhecimento”.

Depois, elogiou a “autocrítica” feita pelo PSDB em relação ao “golpe”, referindo-se a entrevista dada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), na qual disse entre outras coisas que o partido não deveria ter aderido ao governo Temer.

Haddad fez ontem uma caminhada pela Avenida Paulista, a pretexto de celebrar o programa “Paulista Aberta”, inaugurado em sua gestão e que liberou a avenida para os pedestres aos domingos.

Ele foi escoltado por centenas de pessoas do vão livre do Masp até a Praça do Ciclista, a 900 metros de distância, onde ocorria um evento pela libertação de Lula. Aos pés do trio elétrico, assistiu a uma apresentação do cantor Otto, que comandava a plateia majoritariamente petista com gritos de “Lula Livre”. Haddad não pôde subir ao palco, pois a legislação eleitoral não permite showmícios.