Manuela d’Ávila é a vice mais popular nas redes, aponta FGV

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De acordo com a pesquisa, Manuela d’Ávila (PCdoB), vice na chapa de Fernando Haddad, lidera as menções na rede com quase a metade, 399 mil referências.

Em segundo lugar no ranking, com 339,4 mil referências, está o general Hamilton Mourão, da chapa de Jair Bolsonaro (PSL). Os demais são Kátia Abreu, candidata a vice de Ciro Gomes (PDT), com 77,6 mil menções; Ana Amélia, que concorre a vice de Geraldo Alckmin (PSDB), com 23,8 mil menções; e Eduardo Jorge, na chapa de Marina Silva (Rede), com 20 mil menções.

Quando foi lançada pré-candidata à presidência da República pelo PCdoB, Manuela foi vista por aliados e até mesmo adversários como uma alternativa com grande potencial de crescimento.

Ao elencar as características do seu perfil, a grande mídia bem que tentou colocá-la sob o esteriótipo da mulher, jovem e bonitinha. Mas logo nas primeiras entrevistas, Manuela mostrou que não foram essas características que a levaram ser a vereadora mais bem votada em Porto Alegre e, posteriormente, a deputada federal mais votada pelo seu estado.

“As nossas lives vão se chamar ‘Rumo ao Jaburu’, porque agora quem vai ter o prazer de tirar o Temer do Palácio sou eu”, ironizou Manuela na primeira entrevista concedida após o anúncio da chapa PT-PCdoB. “O Brasil vai deixar de ter um vice golpista. A partir de agora é xô, Temer, o Jaburu é nosso”, acrescentou.

Com forte atuação nas redes sociais e com uma comunicação objetiva e franca, Manuela se transformou num diferencial na campanha tradicional brasileira.

Formada em jornalismo, Manuela iniciou sua militância política no movimento estudantil, sendo filiada à União da Juventude Socialista, e depois ingressou na vida partidária. Foi eleita vereadora, duas vezes deputada federal, deputada estadual, além de ter concorrido duas vezes à prefeitura de Porto Alegre.

Na linha de frente da luta em defesa dos direitos da mulher, Manuela também fincou bandeiras na defesa da população LGBT, de uma sociedade diversa e mais justa socialmente.

Com o avanço da luta da mulher, Manuela encarna as aspirações de um eleitorado que é maioria entre os brasileiros e anseia por visibilidade e plena participação política nas decisões dos rumos do país. Dos 147,3 milhões de eleitores aptos a votar, 52,5% são mulheres e 47,5% são homens.

“Manuela, assim como Haddad, têm uma identidade política parecida, com um perfil mais voltado à negociação. Tanto é que ela abriu mão de sua candidatura em prol de Haddad. Juntos, eles compõem uma chapa de esquerda que deve ter como plano estratégico chegar à centro-esquerda no segundo turno”, avaliou o historiador Américo Freire, da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV).