Centrão perde 22 deputados na eleição e vai mudar de nome
O encolhimento do Centrão (PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade), que perdeu 22 deputados federais na eleição, tem forçado caciques do grupo a repensarem a formação do bloco que apoiou Geraldo Alckmin no 1.º turno. A avaliação é de que o eleitorado encarou a aliança como um agrupamento de tudo o que há de pior na política. Apesar disso, a turma não vai se separar. A nova estratégia será descartar o nome “Centrão” e agir nos bastidores para tentar reconduzir Rodrigo Maia à presidência da Câmara, mantendo força política no Parlamento.
Em reunião com Rodrigo Maia e o presidente do DEM, ACM Neto, na última terça, o secretário-geral do PSDB, Marcus Pestana, propôs criar um bloco com esses partidos, incluindo o MDB, o PSDB e o PSD, chamado de “responsabilidade e sensatez”.
Marina Silva (Rede) já conversou com Roberto Freire (PPS) sobre a possibilidade de fusão entre as duas siglas. A Rede não receberá fundo partidário a partir do ano que vem.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que não foi reeleito, é quem vai definir os gabinetes dos novos senadores. Cid Gomes (PDT-CE), quem Eunício acusa de tê-lo abandonado no final da eleição, já tem lugar garantido: atrás da Biblioteca, ala ocupada pelo baixo clero.
Quando pensava que seria eleita, Dilma Rousseff chegou a manifestar interesse em ocupar o gabinete usado pelo senador Zezé Perrella (MDB-MG). O espaço está reservado para a recém-eleita Mara Gabrilli (PSDB-SP).
O MPF alertou nas redes ser proibido usar robôs para incluir pessoas de forma compulsória e involuntária em grupos de WhatsApp para fazer campanha.
A Advocacia-Geral da União (AGU) vai apresentar recurso para extraditar do Uruguai os irmãos Raul e Jorge Davies, investigados por corrupção na Operação Câmbio, Desligo. Depois de ter o pedido negado pela primeira vez, o governo brasileiro decidiu contratar escritório de advocacia no país vizinho.
Michel Temer e Moreira Franco conversaram na semana passada sobre medidas para baratear a conta de luz. Uma das alternativas seria cortar subsídios incluídos no preço final da tarifa.
Do Estadão.