Dono da Havan foi condenado em 2008 por corrupção e lavagem de dinheiro
A Justiça Federal condenou o empresário Luciano Hang, proprietário das lojas Havan, a 13 anos, nove meses e 12 dias de reclusão e ao pagamento de uma multa de R$ 1,245 milhão por crimes contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro.
O empresário pode apelar em liberdade ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. A sentença é da Vara Federal Criminal de Florianópolis e foi enviada nesta sexta-feira ao Ministério Público Federal (MPF), autor da denúncia.
De acordo com a denúncia do MPF, o empresário teria mantido depósitos no exterior sem declaração aos órgãos de fiscalização nacionais. Os depósitos teriam sido feitos em nome de empresas que, segundo a Receita Federal, pertenceriam à Havan, além de outros em nome próprio.
Ele teria tido a colaboração de outros dois funcionários, um que autorizava os depósitos, José Luiz Paza, e outro que os efetuava, Nilton Hang. Ambos também foram condenados, mas têm direito de apelar em liberdade.
Luciano Hang e José Luiz Paza não poderão exercer função pública pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade. A condenação também se refere à lavagem de dinheiro, por ocultação de valores supostamente obtidos mediante condutas ilícitas.
O advogado do empresário, Marcos Grützmacher, disse que não tinha conhecimento da sentença e não quis se manifestar. A advogada Regiane Moresco, que defende o empresário Luciano Hang, e os funcionários Nilton Hang e José Luiz Paza, não quis comentar a decisão de primeira instância.
Atualização da notícia:
A defesa do empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan, recorreu da sentença, proferida em 2008, em primeira e segunda instâncias. O processo ainda aguarda julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.