Entidade registra 15 ataques homofóbicos com motivação política desde domingo

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Em meio à polarização político-eleitoral, 15 casos de agressões físicas, verbais e virtuais a pessoas LGBTI+ foram registrados em diferentes cidades brasileiras em três dias. Como resposta a esses ataques, a organização Aliança Nacional LGBTI+ abriu um canal de denúncias e divulgou nota contra a violência. Os casos de homofobia podem ser denunciados pelo e-mail aliancalgbti@gmail.com.

O diretor presidente da organização Toni Reis explica o que será feito: “Estamos colhendo as denúncias e vamos fazer uma ponte com o Ministério Público, para que os casos sejam investigados”. Na nota sobre os ataques ocorridos desde o primeiro turno das eleições, no domingo (7), a Aliança se posiciona como “uma entidade pluripartidária, diversa, independente, sem qualquer vinculação política ou ideológica” e que busca “respeito e igualdade para todas e todos”.

Segundo a entidade, a cada 19 horas, uma pessoa é assassinada no Brasil por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero. “A expectativa de vida do brasileiro é de 72 anos, mas das pessoas trans é de apenas 35 anos”, diz a Aliança Nacional LGBTI no texto.

Um dos casos registrados é o da ativista trans e professora Sara York, moradora de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos (RJ), cujo carro foi depredado. “Vandalizaram meu carro. Furaram os pneus, riscaram a pintura e escreveram Bolsonaro 2018”, conta.

Para a associação, “os ataques, verbais e físicos, aos direitos civis e sociais, às mulheres, à população negra, aos índios, aos migrantes, aos refugiados e, principalmente, às pessoas LGBTI+, são ataques à democracia”.

Outras entidades também divulgaram levantamento de casos de violência cometidos por motivos de intolerância política. O Mapa da Violência reuniu, até o momento, mais de 30 relatos de vítimas de agressões.

Neste outro mapa, usuários coletaram mais de 30 casos de violência causados por conta do clima de polarização política. Entre eles, o assassinato de mestre Moa Katendê em Salvador, por ter declarado que votaria no candidato Fernando Haddad (PT).

Da Epóca.