Haddad acusa TSE de abafar investigação contra Bolsonaro
Fernando Haddad (PT) afirmou na tarde de sábado (20) em Juazeiro do Norte (CE) que a Justiça Eleitoral está colocando “panos quentes” na investigação sobre o financiamento de empresas para o disparo de mensagens antipetistas pelo Whatsaap em favor do candidato Jair Bolsonaro (PSL).
O caso foi revelado pela Folha e motivou a abertura de investigação no Tribunal Superior Eleitoral e na Polícia Federal.
Na avaliação de Haddad, o Judiciário errou ao não autorizar busca e apreensão nas empresas que teriam participado dos disparos em massa de mensagens.
“A prática de caixa dois pelo meu adversário deveria ser repudiada por todo o país. Eu lamento muito a Justiça não ter autorizado a busca e apreensão, porque com a busca e apreensão nestas empresas de disparo automático, nós íamos achar os computadores e os contratantes”, afirmou.
O petista voltou a chamar Bolsonaro de “soldadinho de araque” e afirmou que seu adversário quer receber da população um cheque em branco para ser Presidente da República.
“Ele não tem proposta, não tem programa. […] Há tempo suficiente para a gente virar essa eleição e derrotar o que ele representa: tortura, ditadura, cultura do estupro, tudo de ruim”, afirmou Haddad.
O petista participou do ato em Juazeiro do Norte ao lado dos governadores Camilo Santana (CE), Ricardo Coutinho (PB), Wellington Dias (PI) e Paulo Câmara (PE).
De Juazeiro do Norte o candidato petista seguiu para o município de Crato, também no Ceará, onde afirmou que o Brasil está entre dois projetos no segundo turno da eleição presidencial
Em Crato, Haddad também criticou Bolsonaro chamando-o de “miliciano que quer armar a população”.
“O Brasil está entre dois projetos muito diferentes. De um lado, nós temos um miliciano que quer armar a população. De outro nós temos um professor que quer educar, quer gerar emprego. Eu tenho muito orgulho de ser professor”, disse o petista.
Haddad, desafiou seu adversário a participar dos debates e novamente criticou o financiamento de empresas para o disparo de mensagens antipetistas pelo WhatsAppp.
“Estou disponível para de qualquer praça pública deste país fazer o debate com Bolsonaro. Ele escolha o lugar. Se for numa enfermaria, eu vou. Se for na casa dele, eu vou. Uma pessoa não pode se acovardar tanto”, afirmou Haddad, que pela terceira vez no dia chamou o adversário “soldadinho de araque”.
“É um soldadinho de araque. Não é um homem. Se fosse homem, se fosse um soldado, não teria aceitado dinheiro sujo para, pelo WhatsAppp ficar me difamando”, disse.
O petista faz um périplo por cidades do nordeste neste fim de semana. Neste domingo (21), ele participa de atos em Picos (PI) e São Luís (MA).