Haddad adequa propostas para evitar desastre
No horizonte deste nosso Brasil varonil (lembranças dos anos de chumbo), está um personagem histórico bastante conhecido e execrado pela humanidade como poucos outros homens foram ao longo de 5 mil anos de civilização humana: Adolf Hitler.
Bolsonaro é um projeto de Adolf Hitler – isso dito até pelo advogado estadunidense Mike Godwin, criador de uma premissa destinada a combater a banalização da qualificação de nazismo contra discordantes.
Godwin diz que a qualificação “nazista” se aplica perfeitamente a Bolsonaro.
Diante do quadro que pode se materializar no país pelos próximos quatro anos, Fernando Haddad fez algumas alterações em seu programa de governo. Nada extraordinário ou que torne preferível votar na alternativa a ele, que é o neonazismo que vem mostrando a cara pelos quatro cantos do país.
Isso sem falar de um ultraliberalismo escrachado, delirante, que quer fazer do Brasil uma republiqueta empresarial.
A esquerda brasileira, porém, tem uma visão curta. Sobretudo a esquerda “caviar”. Em 2013, essa esquerda elitista caiu de cabeça nas “jornadas de junho” e, com isso, levou o Brasil ao caos em que está hoje.
À época, como hoje, faltava entendimento de que quando se tem alguém como Bolsonaro ameaçando governar a todos nós, eventuais discordâncias em relação àquele que é o único que pode barrar o fascista devem ser, no mínimo, colocadas de lado.
Haddad precisou fazer ajustes no seu programa de governo para comportar apoios além da bolha da esquerda, pois ela é insuficiente para eleger um presidente. Mas a parte dessa bolha não sabe que há vida do lado de fora dela e ataca aquele que, neste momento, é quem pode nos separar do abismo.
Lula entendeu isso em 2002 e usou esse pragmatismo inevitável em 2006, em 2010 e em 2014. Haddad só está indo pelo mesmo caminho para evitar o mal maior. Infelizmente, a esquerda brasileira, em larga medida, continua infantilizada como em 2013.