Médica diz em rede social que só daria alta a eleitores de Bolsonaro

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A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) de Campo Grande vai apurar o caso de um post no Facebook atribuído a uma médica, afirmando que era “dia de maldade” e de dar alta a pacientes dependendo do voto de cada um. Uma captura de tela do texto gerou revolta nas redes sociais. O perfil de Beatriz Padovan Vilela foi excluído.

“Hoje é dia de maldade. Perguntar pro paciente em quem vai votar antes da alta. Dependendo da resposta, alta só segunda!! #B17 É dessa vitamina que o povo brasileiro precisa!”, dizia a publicação.

Uma crítica à atitude da médica publicada no Twitter na manhã deste domingo já angariou quase 2 mil curtidas e cerca de 1,1 mil compartilhamentos.

“Fica a observação para vocês tomarem cuidado”, escreveu uma usuária do Twitter.

“Nossa! Que falta de ética! Tem que denunciar para o CRM!!”, afirmou outra internauta.

Em nota, a Sesau orientou que o caso seja denunciado ao Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso do Sul, que “pode proceder na abertura de sindicâncias e processos disciplinares”. A assessoria de imprensa do CRM-MS informou ao GLOBO que a denúncia foi recebida na noite deste sábado e será encaminhada ao setor responsável.

“O Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso do Sul esclarece que a entidade é uma autarquia federal sem posicionamento ou direcionamento político, sendo assim, a denúncia sobre a médica será encaminhada para o setor responsável para análise dos fatos e possível abertura de sindicância”, diz o comunicado.

A Sesau ressaltou que “não concorda e não corrobora com opiniões, seja de conotação política ou não, que contrariem os códigos éticos profissionais, neste caso o da medicina, uma vez que o mesmo reforça que o profissional jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade”.

No entanto, a pasta disse ainda que “não há nenhuma restrição sobre o livre pensamento, sendo o mesmo assegurado legalmente, considerando a liberdade individual dos servidores nas suas relações privadas, especialmente no uso de perfis pessoais nas redes sociais, sendo os mesmos responsáveis por responder cível e criminalmente pelos seus atos”.

Do Globo.