Raquel Dodge será demitida se o inominável vencer

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A permanência de Raquel Dodge no comando da PGR (Procuradoria-Geral da República) já não é considerada líquida e certa caso Jair Bolsonaro (PSL) vença a eleição. O mandato dela vence em setembro de 2019. O novo presidente pode reconduzi-la, ou não, ao cargo por mais dois anos.

Advogados e juízes ligados ao grupo mais próximo do presidenciável dizem que o assunto nem sequer está no radar dele. E afirmam que, dado o trabalho da procuradora-geral, considerado sério, ela poderia, sim, ser mantida no cargo.

Além disso, Dodge teria apoio da classe para permanecer —e Bolsonaro não iria criar uma zona de atrito justamente com os procuradores.

A hipótese de mudança preocupa integrantes do Ministério Público Federal e já é assunto até entre ministros de tribunais superiores —muitos apostam que ela será preterida na escolha.

Em abril, a procuradora-geral denunciou Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal) por racismo.

A Polícia Federal instaurou mais de um inquérito para apurar ameaças à presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rosa Weber. A primeira investigação foi noticiada na terça (16) pelo Painel.

O encontro de Jair Bolsonaro com o cardeal dom Orani Tempesta, do Rio, foi intermediado por Gustavo Bebbiano, presidente do PSL, e Sergio Bermudes, advogado da arquidiocese do Rio.

Quando trabalhava no escritório de Bermudes, Bebbiano ajudou a levantar o patrimônio da arquidiocese.

O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa não deve se manifestar sobre as eleições, apesar do encontro amistoso que manteve recentemente com Fernando Haddad (PT).

Artistas do Rio estão organizando manifestação contra Bolsonaro e em apoio a Haddad. Chico Buarque, que está em viagem fora do Brasil, deve voltar para o evento.

Os atores Marcello Airoldi e Vivianne Pasmanter estão no espetáculo “Amor Profano”, que teve pré-estreia na segunda (15), no Teatro Vivo. As atrizes Helena Ranaldi e Arlete Montenegro, o cantor Zeca Baleiro e o ator Pascoal da Conceição compareceram.

Os cineastas Walter Salles e Arnaldo Jabor, o banqueiro Fernão Bracher, o ator Wagner Moura, o economista Eduardo Gianetti, o editor Luiz Schwarcz e o historiador Boris Fausto estão entre as mais de 15 mil pessoas que assinam um manifesto suprapartidário contra a eleição deBolsonaro e que será divulgado nos próximos dias.

O objetivo do grupo é cobrar das “lideranças políticas democráticas e da sociedade civil que se empenhem num entendimento mais amplo para enfrentar o risco” que a eleição do capitão reformado representaria.

Já o Ministério Público do Estado de SP, a Defensoria Pública de SP e a OAB-SP lançam nesta quarta (17) uma nota que ressalta a “importância da convivência pacífica de distintas opiniões políticas em nossa sociedade”.

O texto pede para todos os cidadãos buscarem o amplo debate de ideias e posições, mas “zelando pelo respeito ao pensamento divergente e refutando toda e qualquer espécie de violência”.

O Tribunal de Justiça de SP julga nesta quarta (17) um recurso da defesa do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015) contra a decisão judicial de 2012 que o condenou a pagar indenização à viúva e à irmã do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto em 1971 em decorrência de torturas do regime militar.

Da FSP.