Fusão de ministérios deve mesmo acontecer

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A equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), deu início à fase de transição de governo em Brasília, nesta segunda-feira (5). O anúncio da criação de dez grupos de trabalho indica a estrutura ministerial da próxima gestão, que pretende reduzir as atuais 29 pasta a até 17.

Nomeado ministro extraordinário, o futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, começou o dia em reunião no Palácio do Planalto, com o atual ocupante do cargo, Eliseu Padilha. Na sequência, ele comandou a primeira reunião da equipe de transição no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).

Além de Lorenzoni, outros 27 foram nomeados pelo presidente Michel Temer como integrantes
da equipe de transição. Não há nenhuma mulher entre os indicados. A formalidade é necessária para que os colaboradores possam ter acesso a dados governamentais e ao prédio do CCBB.

Entre os escolhidos estão outros três futuros ministros de Bolsonaro: Paulo Guedes (Economia), general Augusto Heleno (Defesa) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia). A lista conta com a indicação de dois ex-dirigentes do PSL, Gustavo Bebianno e Julian Lemos, e de Marcos Aurélio Carvalho, sócio e fundador da AM4, a maior prestadora de serviços da candidatura do capitão reformado.

As atividades antecedem a chegada do presidente eleito em Brasília. Bolsonaro desembarca na manhã desta terça-feira (6) ao lado de aliados. Na quarta (7), ele se reunirá com Temer e com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli. Há previsão de que ele faça anúncios de governo na quarta.

Os grupos temáticos definidos na reunião liderada por Lorenzoni mostram um primeiro desenho da estrutura da Esplanada.  O presidente eleito ainda não definiu os ministérios e enfrenta dificuldades para fundir algumas pastas. É o caso de Agricultura e Meio Ambiente, além de Justiça, Segurança Pública e Transparência.

“A transição sempre é muito trabalhosa, principalmente quando está prevista uma redução significativa de ministérios, essa transição será naturalmente bastante elaborada”, disse Heleno.

A equipe do gabinete de transição se dividirá nas seguintes áreas: Desenvolvimento Regional; Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações; Modernização do Estado; Economia e Comércio Exterior; Educação, Cultura e Esportes; Justiça, Segurança e Combate à Corrupção; Defesa; Infraestrutura; Produção Sustentável, Agricultura e Meio Ambiente; e Saúde e Assistência Social.

Os indicados receberão salários que vão variar de R$ 2.585 a R$ 16.215, exceto cinco, que foram designados sem remuneração. Lorenzoni explicou que a lista vai crescer até o fim da semana, completando os 50 cargos a que Bolsonaro tem direito por lei.

Veja a lista dos nomes da equipe de transição de governo:

  • Marcos Aurélio Carvalho
  • Paulo Roberto
  • Marcos César Pontes
  • Luciano Irineu de Castro Filho
  • Onyx Lorenzoni
  • Paulo Antônio Spencer Uebel
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira
  • Gustavo Bebianno Rocha
  • Arthus Bragança Weintraub
  • Gulliem Charles Bezerra Lemos
  • Eduardo Chaves Vieira
  • Roberto da Cunha Castello Branco
  • Luiz Tadeu Blumm
  • Carlos Von Doellinger
  • Bruno Eustáquio Castro de Carvalho
  • Sérgio Augusto de Queiroz
  • Antônio Flávio Testa
  • Carlos Alexandre da Costa
  • Paulo Roberto Guedes
  • Waldemar Gonçalves Ortunho
  • Abraham Vasconcellos Weintraub
  • Jonathas Nery de Castro
  • Ismael Nobre
  • Alexandre Ywata de Carvalho
  • Pablo Antônio Tatim
  • Waldery Rodrigues Junior
  • Adolfo Sachsida
  • Marcos Cintra

A equipe de Bolsonaro também definiu a criação de dez grupos de trabalho que vão conduzir a transição do governo. O desenho é um indicativo da estrutura ministerial da próxima gestão.

São eles:

  • Desenvolvimento Regional;
  • Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações;
  • Modernização do Estado;
  • Economia e Comércio Exterior;
  • Educação, Cultura e Esportes;
  • Justiça, Segurança e Combate à Corrupção;
  • Defesa;
  • Infraestrutura;
  • Produção Sustentável, Agricultura e Meio Ambiente;
  • Saúde e Assistência Social.

Os grupos foram anunciados por Onyx Lorenzoni, nomeado ministro extraordinário e futuro chefe da Casa Civil, após a primeira reunião da equipe, em Brasília.

Participaram também do encontro técnicos e dois futuros ministros: Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e general Augusto Heleno (Defesa).

VENEZUELA

Heleno também declarou que o fechamento de fronteira com a Venezuela se trata de uma proposta utópica.

“Esse fechamento da fronteira, quem conhece a fronteira da Amazônia sabe que não vai fechar. Então é uma proposta que não é realizável. É uma proposta utópica. Não vai fechar”, afirmou, ao ser questionado sobre se este é um plano do futuro governo.

Heleno também foi perguntado sobre a decisão do governo do Egito de cancelar uma visita que o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira, faria ao país árabe. O chanceler brasileiro desembarcaria na quarta-feira (7) e cumpriria uma agenda de compromissos entre os dias 8 e 11 de outubro.

“Não vou tecer considerações sobre esse problema que aconteceu porque eu não sou nem primeiro ministro, nem ministro das relações exteriores. Vai ter gente mais tarde para entrar nessa seara”, disse.

No início da entrevista, Lorenzoni pediu desculpas aos jornalistas pelo fato de o comitê de imprensa montado no CCBB (Centro Cultura Banco do Brasil) estar fechado. Os repórteres não puderam entrar no prédio, onde a equipe de transição vai trabalhar.

Segundo ele, a estrutura ainda não está pronta. Contudo, o Palácio do Planalto informou na segunda-feira (29) passada que a sala já estava disponível.

Após a repercussão negativa, a Secom da Presidência da República avisou os jornalistas que a sala estará disponível na terça-feira (6).

Da FSP.