Bolsonaro não tem nenhum nordestino em seus ministérios

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Apesar de inicialmente ter prometido estruturar um governo com 15 ministérios, o presidente diplomado, Jair Bolsonaro (PSL), não conseguiu se desfazer de algumas pastas. Dos 22 nomes anunciados por ele como auxiliares, uma característica chama a atenção na composição do primeiro escalão: a ausência de nordestinos. Em suas posses, os quatro últimos presidentes do País, de Fernando Henrique Cardoso a Michel Temer, não só escalaram nordestinos para a linha de frente, como possuíam pernambucanos entre os escolhidos.

No Nordeste, ele obteve 30,3% dos votos válidos no segundo turno contra Fernando Haddad (PT), o equivalente a 8,8 milhões de eleitores. Contou com apoios de peso, como o prefeito de Salvador (BA), ACM Neto (DEM).

De acordo com a avaliação do cientista político Vanuccio Pimentel, os critérios elencados por Bolsonaro nas suas contemplações não seguem uma lógica nem partidária e nem regional. “No presidencialismo de coalizão, quando o presidente montava os governos, ele levava em conta a base parlamentar do Congresso e também a representatividade regional. Então, você sempre tinha nordestinos em algum ministério, você sempre tinha uma representatividade regional, isso não tem no governo dele”, disse.

Ao chegarem à Presidência, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) nomearam um número expressivo de ministros nordestinos e pernambucanos para ocupar o primeiro escalão da Explanada dos Ministérios. Em 2015, Dilma nomeou dez nomes do Nordeste para o comando de ministérios e outros três titulares que, apesar de terem nascido em cidades da região, fizeram carreira política em outros Estados.

Do JC