Chegando ao fim do governo golpista de Temer
Mais uma semana pela frente e o governo de Michel Temer chegará ao fim. Um período presidencial que começou de maneira interina no dia 12 de maio de 2016 após o Senado aprovar o afastamento temporário de Dilma Rousseff.
Naquela quinta-feira, Temer afirmou ser necessário um “governo de salvação nacional”. “É urgente pacificar a nação e unificar o Brasil”, disse.
“A moral pública será permanentemente buscada por meio dos instrumentos de controle e apuração de desvios”, declarou, rodeado no Palácio do Planalto por novos ministros.
Entre eles estavam Romero Jucá, do Planejamento, e Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo. O primeiro caiu logo em seguida com a revelação pela Folha do áudio em que defendia “estancar a sangria” da Lava Jato. E Geddel passará mais um Natal na penitenciária da Papuda.
Temer deixa o Palácio do Jaburu carregando no currículo três denúncias da Procuradoria-Geral da República. São acusações de corrupção, de chefiar organização criminosa, de obstruir a Justiça e de lavagem de dinheiro. A última das denúncias foi apresentada semana passada pela chefe da PGR, Raquel Dodge, indicada por Temer para substituir Rodrigo Janot, algoz do presidente.
São acusações que devem seguir para a primeira instância a partir de janeiro e atormentar a vida do emedebista, que passará a conviver com o fantasma da condenação e o pesadelo de uma consequente prisão.
Juntam-se a isso novas frentes de investigação. Dodge descreveu na terceira denúncia, por exemplo, mais cinco crimes que precisariam ser apurados em relação ao presidente.
O período Temer só não foi um completo desastre porque o país saiu da recessão, a inflação foi controlada, e o teto de gastos, aprovado.
Por outro lado, sua gestão fracassou no avanço da reforma da Previdência e no combate ao desemprego.
Não há como ser positivo o balanço de um governo em que seu presidente atingiu o pior índice de popularidade da história e não cumpriu a promessa de unificar o Brasil.