China fala em “guerra” com os EUA após prisão de executiva

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Hu Xijin, o arrebatado editor-chefe do tabloide Huanqiu/Global Times, ligado ao PC chinês, escreveu na rede social chinesa Weibo sobre a prisão da executiva da gigante de tecnologia Huawei:

“É evidente que os EUA estão empurrando a linha de batalha até a nossa porta… Podemos considerar completamente a prisão de Meng Wanzhou como uma declaração de guerra contra a China.”

Ecoou no site da própria Huawei e por jornais ocidentais do New York Times ao alemão Süddeutsche Zeitung, que usou a expressão em sua chamada.

Em tom mais contido, o jornal de Hu Xijin manteve como manchete, ao longo da quinta, “China apela pela libertação de executiva da Huawei”. Em editorial, afirmou que os “EUA abusam de processo legal para sufocar Huawei”.

O britânico Financial Times não escondeu o alarme, com manchete até mais carregada, “China exige libertação da diretora da Huawei presa sob acusações dos EUA”.

Americanos como NYT, Wall Street Journal e Drudge Report preferiram levar à manchete que a prisão derrubou a bolsa de Nova York. No primeiro, “Mercados caem com prisão que acende temor de Guerra Fria entre EUA e China”.

Ao fundo, o assessor de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton, admitiu à NPR que sabia desde o G20 que Meng seria presa.

Em reportagem de três mil palavras (18 mil caracteres), assinada de Brasília e mantida com foto no alto da home ao longo do dia, o WSJ noticiou como “o linchamento é o segredo sombrio da América Latina”. Abrindo o texto:

“Para Victor Melo, o fim começou com um iPhone furtado. O garoto de 16 anos passou uma tarde agradável de sábado em maio com seus amigos do ensino médio numa festa de música funk no parque central de Brasília, perto do palácio presidencial. Quando se dirigia para casa logo após o pôr do sol, alguém na multidão agarrou sua colega de classe Ágatha por trás e pegou seu celular. Ela se virou e viu Victor. Acreditando que fosse o ladrão, gritou por ajuda. Seus amigos o derrubaram e começaram a espancar.”

Inocente, Victor morreu perfurado por golpes de chave de fenda, garrafa quebrada e, por fim, “uma faca no coração”.

Lula deu “entrevista exclusiva por cartas à BBC”, que destacou sua afirmação de que Sergio Moro “fez política e não justiça”, ao impedir que se candidatasse contra Bolsonaro, “e agora se beneficia disso”. Foi para um documentário que vai ao ar em 12 de janeiro, “What happened to Brazil…”, o que aconteceu ao Brasil.

Da FSP