Juízes e procuradores querem que você pague imposto de renda deles
Em périplo no Conselho Nacional de Justiça e no Ministério Público, associações de juízes e procuradores levaram ao debate três propostas para retomar o auxílio-moradia, suspenso desde o aumento salarial garantido em novembro.
Duas estendem o benefício a todos os integrantes das categorias, com valor menor do que o pago nos últimos anos. A terceira restringe o acesso ao penduricalho.
O caso será analisado nesta terça (18), quando devem ser definidas novas regras para o auxílio.
Uma das sugestões é garantir o benefício para todos com valor fixo a ser determinado, de, no mínimo, R$ 1.000 para compensar o desconto maior de Imposto de Renda que eles terão com o reajuste aprovado em novembro.
Antes do aumento, todos ganhavam R$ 4.378 de auxílio- moradia, livre de impostos.
Outra proposta prevê que o pagamento varie de acordo com a faixa salarial dos beneficiários, numa escala que iria até cerca de R$ 1.400.
As ideias foram apresentadas como soluções temporárias, para que o CNJ e o CNMP tenham mais tempo para estudar regras definitivas.
A terceira opção garante o benefício apenas a quem é deslocado ou trabalha em locais remotos.
Na origem da polêmica, a lei que criou o auxílio-moradia dos juízes em 1979 destinou a ajuda a quem não tivesse imóvel funcional à disposição.