Presidente da bancada da bala diz que policiais foram excluídos de debate da nova Previdência

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Num aperitivo das resistências à reforma da Previdência que podem brotar na base do governo, o presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, deputado Capitão Augusto (PR-SP), avisa que vai pedir audiência com o ministro Paulo Guedes (Economia).

Ele diz que os 21 policiais e bombeiros eleitos para a Câmara se sentiram alijados das tratativas e não gostaram do que vem sendo aventado, como a inserção de suas categorias nas normas que vão passar a reger as Forças Armadas.

Capitão Augusto lembra que seu grupo vota sempre fechado e diz que policiais militares e bombeiros têm carreiras muito diferentes das de integrantes das Forças. Segundo ele, ninguém “deu procuração” para que negociassem por eles.

Os policiais e bombeiros não querem regra de transição e defendem que o aumento da contribuição por tempo de serviço de 30 para 35 anos só valha para quem ingressar nas corporações após a reforma.

Havia preocupação na equipe econômica do governo de que o vazamento de informações da proposta de mudanças nas regras de aposentadoria antecipasse a formação de núcleos de oposição ao texto. O Estado de S. Paulo publicou nesta segunda (4) uma minuta da reforma.

Integrantes do grupo que assessora Paulo Guedes já tinham recebido recado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que a ideia de levar as novas regras de aposentadoria direto ao plenário não tinha chance de prosperar.

O governo, então, adaptou o discurso. Diz que submeter o texto à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pode blindar a proposta de eventuais questionamentos no Supremo.

A atitude dos senadores na eleição do novo presidente da Casa alarmou assessores de Guedes. A atenção devotada às demandas das redes sociais fez a equipe temer que, diante de uma reforma impopular, a base vacile.

Na tentativa de diminuir resistências ao texto da Previdência, o governo recebe na quinta (7) dirigentes dos Sindicatos dos Aposentados, da Força Sindical.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, deve fazer sugestões ao pacote anticrime formulado por Sergio Moro (Justiça).Técnicos do Conselho Nacional de Justiça já estão debruçados sobre o texto.

Outros setores também querem se fazer ouvir. Associações de delegados da Polícia Federal vão enviar propostas a Moro. Eles reclamam que o ministro não ouviu entidades que representam a categoria antes de apresentar o projeto.

Da FSP