Campanhas lançadas pelo mercado publicitário na mesma semana falam de gênero
Ao censurar uma propaganda do Banco do Brasil protagonizada por atores que representam diversidade racial e sexual, o presidente Jair Bolsonaro tira a instituição financeira de uma tendência já consolidada no mercado publicitário.
Só nesta semana, agências como Young & Rubicam, Ogilvy e AlmapBBDO soltaram peças que abordam violência contra transexuais, meninos brincando de boneca e presença de mulheres em profissões com baixa representatividade feminina.
Menina veste azul
Em campanha da empresa Forcefield, de protetores bucais, a Y&R conta a história da lutadora transexual de MMA Anne Veriato, que sofreu preconceito na infância.
Menino veste rosa
A multinacional americana de brinquedos Hasbro passou a veicular uma propaganda com o mote de que, seja menino ou menina, quem brinca com bonecas pode se tornar um adulto melhor.
Estrada longa
Na peça criada para a Volkswagen, um programa de edição de texto acusa erro quando se digita “caminhoneiras”. Ele sugere a troca para a palavra na forma masculina. É a deixa para abordar que o mundo precisa “ser sob medida para todos”.
Saiu…
Há menos de dez anos, anúncios que destacavam casais gays geravam surpresa no Brasil pela raridade, como um da construtura MaxHaus.
…do armário
Nos EUA, casais multirraciais em propagandas provocavam fortes reações racistas. A avaliação no meio publicitário é que o tempo de se escandalizar com o assunto passou e a criação em torno do tema não vai parar.
Da FSP