Evo Morales defende Maduro contra golpe de Guaidó

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A Colômbia pediu uma reunião de emergência do Grupo de Lima para tratar da situação da Venezuela, que vive uma manhã de tensão nesta terça-feira (30).

O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu que os militares da Venezuela se unam ao líder opositor Juan Guaidó. “Fazemos um chamado aos militares e ao povo da Venezuela para que se coloquem do lado certo da história, rechaçando a ditadura e a usurpação de Maduro”, publicou em uma rede social.

Na madrugada desta terça, os líderes opositores Juan Guaidó e Leopoldo López deram início à uma ação para tentar derrubar  Nicolás Maduro. López, que estava em prisão domiciliar, foi para a rua ao lado de Guaidó. Ambos se dirigiram para a base aérea La Carlota, em Caracas, e convocaram a população a se juntar a eles.

O governo Maduro disse que se trata de uma tentativa de golpe de Estado.

Nicolás Maduro compartilhou em uma rede social uma postagem do comandante Remigio Ceballos. “Estamos vencendo contra um minúsculo grupo de desorientados e enganados! Lutaremos para garantir a paz”, publicou.

O Grupo de Lima reúne representantes de 14 países, inclusive o Brasil, para discutir a crise na Venezuela, e reconhece Juan Guaidó como presidente encarregado do país.

O governo do Brasil ainda não se pronunciou sobre a situação.

​O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, disse que trata de um dia histórico. “Hoje, 30 de abril, marca um momento histórico para a volta da democracia e da liberdade na Venezuela”, disse.

O governo da Espanha disse que não apoia nenhum tipo de golpe militar no país. “Desejamos com todas as nossas forças que não se produza um derramamento de sangue”, disse Isabel Celáa, porta-voz do governo, chefiado por Pedro Sánchez, que reconhece Guaidó como líder legítimo da Venezuela.

“A solução para a Venezuela tem que vir por um movimento pacífico, por eleições democráticas”, acrescentou Celáa.

Evo Morales, presidente da Bolívia, criticou as ações de Guaidó e López. “Condenamos energicamente a tentativa de golpe de Estado na Venezuela, por parte da direita que é submissa a interesses estrangeiros. Estamos certos de que a valorosa Revolução Bolivariana chefiada pelo irmão Nicolás Maduro se imporá a esse novo ataque do império”, publicou em uma rede social.

“Os Estados Unidos buscam provocar violência e morte na Venezuela, sem se importarem com as perdas humanas, apenas com seus interesses. Devemos estar unidos para que os golpistas não voltem nunca mais à nossa região”, disse Morales.

Luís Almagro, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), entidade que reúne os países das Américas, elogiou a ação de Guaidó.

“Saudamos a adesão de militares à Constituição e ao presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó. É necessário o mais pleno respaldo ao processo de transição democrática de forma pacífica”, publicou em uma rede social.

Da FSP