IBGE aponta que subutilização da força de trabalho bate recorde no primeiro trimestre

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A taxa de subutilização da força de trabalho brasileira bateu recorde no primeiro trimestre de 2019. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), chegando a 25%. Isso significa que 28,3 milhões de brasileiros não trabalharam ou trabalharam menos do que gostariam no período.

É o maior índice desde o início da série histórica da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, houve alta de 5,6%, ou 1,5 milhão de pessoas.

No primeiro trimestre sob o governo Jair Bolsonaro, a taxa de desemprego no país foi de 12,7%, alta de 10,2% com relação ao trimestre encerrado em dezembro. Ao todo, 13,4 milhões de brasileiros procuraram emprego no período.

Nos últimos três meses, segundo o IBGE, 1,2 milhão de pessoas a mais passaram a procurar emprego no país. Com relação ao mesmo trimestre de 2018, quando a taxa de desemprego estava em 13,1%, houve estabilidade, segundo entende o IBGE.

O número de pessoas desalentadas, que desistiram de procurar emprego, cresceu 3,9% no trimestre, chegando a 4,8 milhões. A taxa de desalentados, de 4,4%, também foi recorde no trimestre.

No início do mês, Bolsonaro questionou a metodologia da pesquisa, que considera desempregado a pessoa que procurou emprego no período em análise. “É uma coisa que não mede a realidade”, disse o presidente, em entrevista à TV Record.

Na ocasião, o IBGE respondeu que a metodologia segue recomendações da OIT (Organização Internacional do Trabalho). As críticas geraram no mercado preocupações sobre possível intervenção política no órgão.

A renda do trabalhador se mantém estável desde o segundo trimestre de 2017. Segundo o IBGE, o trabalhador brasileiro teve renda média de R$ 2.291 nos primeiros três meses de 2019.

Da FSP