Presente de Bolsonaro para os paulistanos: mais de R$ 5 o litro da gasolina

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O litro da gasolina chegou a R$ 5,19 na capital paulista, segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petró­leo, Gás Natural e Biocom­bustíveis) realizada entre os dias 14 e 20 de abril.

No mesmo período, o pre­ço do litro do etanol chegou a R$ 3,59 nos postos da ca­pital. No estado de São Pau­lo, a gasolina também já é encontrada a R$ 5,19 e o etanol, a R$ 3,69 por litro.

Na cidade de São Paulo, os maiores va­lores foram encontrados em um posto no Jardim Europa. Um dos gerentes do local ex­plicou que o último aumento, de R$ 0,20, ocorreu antes do feriado da Páscoa. Ele não soube dizer se o estabelecimento fará novo reajuste.

A estratégia do posto para atrair clientes é oferecer du­cha gratuita a quem abaste­cer acima de dez litros.

“O aumento da gasolina é uma decisão da Petrobras com base no mercado inter­nacional, que analisa o valor do barril e do dólar. Pela ca­deia, a estatal repassa à dis­tribuidora e chega até os postos. Cabe ao dono do posto a decisão de repassar ou não o aumento ao consu­midor”, diz o presidente do

Sindicato do Comércio Vare­jista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia.

Etanol No caso do etanol, o preço médio entre os dias 14 e 20 de abril era de R$ 2,86 na capital, R$ 2,820 no estado e R$ 2,970 no país.

Na avaliação do sindicalis­ta, o aumento atual do litro do álcool foi atípico. “Para a alta do etanol não há expli­cação, até porque o preço é liberado. Estamos em plena safra e geralmente nesse pe­ríodo o preço cai, mas os usi­neiros fizeram o contrário.”

A pesquisadora da área de etanol do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Eco­nomia Aplicada) da USP Iveli­se Rasera Bragato Calcidoni disse que a chuva dificulta a colheita da cana e, consequentemente, limita a moa­gem. “Na primeira quinzena de abril, as distribuidoras es­tiveram ativas no mercado por causa da demanda aquecida do feriado de Pás­coa. O cenário de menor oferta devido às condições climáticas somado à deman­da elevada colaboram para a alta do preço”, explica.

De FolhaPress