Novo ministro da Educação tem fama de “caçador de esquerdistas”
A indicação de Abraham Weintraub para o Ministério da Educação criou forte expectativa entre gestores da área e integrantes do governo a respeito da política que ele vai adotar para o ensino superior.
O economista, que está com Jair Bolsonaro desde a campanha, critica desde os encontros do grupo que coordenou a transição o que vê como expressiva influência da esquerda no comando das universidades públicas. Já naquela época, pregava o expurgo de quadros ligados à oposição.
Membros do próprio governo brincaram nesta segunda (8) com a mística que se criou em torno de Weintraub chamando-o de “caçador de esquerdistas”.
O novo ministro promete gestão técnica. Por isso, ex-integrantes do MEC, entidades ligadas à pasta e militares avaliam que é preciso esperar as primeiras ações para mensurar qual o tamanho da influência de Olavo de Carvalho sobre Weintraub.
A escolha do titular do MEC reforçou a sensação de parte do Congresso de que Bolsonaro não vai mesmo abrir a guarda para a política opinar sobre os rumos da gestão.
Nem os evangélicos, que apoiam o presidente e pleiteavam espaço, foram ouvidos. Weintraub foi visto como a prova de que o Planalto vai dobrar a aposta e seguir o rumo que o trouxe até aqui.
Da FSP