Principais centrais sindicais anunciam greve geral contra a reforma da Previdência

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Acenda-se o pavio – As principais centrais sindicais do país decidiram, nesta sexta (26), usar o Dia do Trabalho, 1º de maio, para anunciar a convocação de greve geral contra a reforma da Previdência e a mudança na política de reajuste do salário mínimo. João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força, diz que “no movimento tem gente que está contra toda a reforma e tem uma parcela dos sindicalistas que quer a negociação”. A paralisação de diversas categorias será chamada para 14 de junho.

Aquece motor – Além da Força, participaram da reunião CUT, Intersindical, Nova Central, UGT, CGTB, CSB e CTB. Algumas centrais divulgaram chamado para a mobilização. Haverá ainda uma manifestação dia 15 de maio, em apoio aos professores. “Será um ‘esquenta’ para a greve geral de junho”, classificou a CUT.

Sem recibo – O ex-governador Geraldo Alckmin, presidente do PSDB, disse que o nome de Samuel Moreira (PSDB-SP) “foi muito bem escolhido” para relatar a reforma da Previdência na Câmara. “É preparado, trabalhador, um dos melhores quadros da Casa.”

Sem recibo 2 – Contrariando relatos de que teria ficado incomodado com a indicação de seu ex-chefe da Casa Civil em SP, Alckmin afirmou que não só está em paz com a opção, como foi consultado sobre ela. “Rodrigo Maia (presidente da Câmara) me ligou para falar e eu dei os parabéns.”

Minha receita – O ex-governador já havia criticado a proposta do governo Bolsonaro, mas lembrou que seu partido defende a reforma. “Não tem problema ser o relator. O que eu tenho dito é que tem que ter dois eixos, o fiscal e o social. 80% das mudanças são em cima do INSS, onde a renda média é de R$ 1,3 mil.”

Minha receita 2 – Para Alckmin, o peso das mudanças precisa ser distribuído. “Esse é o cuidado que precisa ter. E o Samuel tem essa capacidade”. O Painel publicou nesta sexta (26) que a escolha de Moreira havia causado desconforto em ala do partido.

Sem vaga – Quem ficou incomodado mesmo com a escolha de Samuel Moreira foi a cúpula do DEM. A sigla reivindicou a relatoria da reforma na véspera do anúncio. Maia, que é da legenda, avisou que já havia fechado com o PSDB.

Entra para resolver – A escolha em tempo recorde de Jair Bolsonaro pelo nome de Sérgio Silveira Banhos para a vaga de ministro do Tribunal Superior Eleitoral encerrou aguda troca de farpas, nos bastidores, entre membros do STF.

Zebra – Os integrantes do Supremo elaboram a lista tríplice que é enviada para o presidente eleger o novo membro do TSE. Desta vez, Grace Mendonça, ex-advogada-geral da União de Michel Temer, apareceu como a mais votada, com 10 votos, contra 7 dos outros nomes –Banhos entre eles.

Digitais – Grace era a aposta da presidente do TSE, Rosa Weber. A praxe é que os ministros votem nos indicados pelos colegas, e sinalizem, com base em outros critérios, o favorito. Grace teve todos os votos, mas os demais, apoiados por outros membros do STF, não. Esse desfalque foi colocado na conta de Weber e aliados.

Meu lado – Integrantes da corte –e Admar Gonzaga, dono da cadeira que logo ficará vaga no TSE– fizeram chegar a Bolsonaro que a preferência por Grace, expressa no número de votos, era “artificial” e que Banhos, juiz substituto do tribunal, tinha mais apoio. O presidente o indicou em apenas 24 horas.

Ameaça, não – Pegou mal Paulo Guedes (Economia) ter dito a deputados de Roraima, como mostrou O Globo, que a reivindicação de cargos poderia levá-los “a Moro”. “Em vez de contribuir, regride na pretensa intenção de melhorar a convivência”, afirmou o líder Wellington Roberto (PR-PB).

Visita à Folha – Paulo Gontijo, líder nacional do Livres, visitou a Folha nesta sexta-feira (26). Estava acompanhado de Mano Ferreira, diretor de comunicação do grupo, e Gabriela Clemente, assessora de imprensa.

Da FSP