Ameaça de Weintraub serve para Bolsonaro
Um dos componentes da trupe circense que o transe eleitoral de 2018 colocou no Palácio do Planalto, o ministro da Educação – semianalfabeto que fala “haviam” e escreve “insitar” –, ameaçou “servidores públicos” que estimularem manifestações. Ele pensou em ameaçar professores sem perceber que sua ameaça atinge em cheio o seu próprio chefe.
Abrahan Weintraub não se cansa de causar problemas para o chefe, que, abobado, aplaude a onda oposicionista que o histriônico ministro da Educação levantou no pais ao ameaçar educadores, estudantes e até as famílias destes.
Na verdade, Weintraub não se cansa de arrumar confusão para si mesmo. Sua língua quilométrica já lhe rendeu uma onda de encrencas com a lei. O Ministério Público acaba de entrar com ação contra ele por danos morais coletivos causados aos alunos e professores das instituições públicas de ensino.
Os procuradores do MPF apontam que declarações de Weintraub oferecem ‘risco de envenenamento da democracia’ e pedem indenização aos ofendidos no valor de CINCO MILHÕES DE REAIS.
Além disso, o MPF deu cinco dias para Weintraub explicar bloqueio de verbas para reconstrução do Museu Nacional
Vendo o tamanho das manifestações por todo o Brasil, 15 dias após a primeira e com uma quantidade de manifestantes que alguns dizem menor que a anterior, mas que foi enorme assim mesmo, percebe-se que esse ministro envenena mesmo a democracia, como diz o Ministério Público.
Porém, o X da questão é que, em sua viagem autoritária, Weintraub acaba de criar uma tese que, se for levada a sério, pode colocar o seu chefe, Bolsonaro, em sérias complicações.
Weintraub pregou censura prévia. Ameaçou professores e servidores das escolas, entre outros, que divulgarem e estimularem protestos a favor da Educação. E estimulou a deduragem:
“Caso a população identifique a promoção de eventos desse cunho, basta fazer a denúncia pela ouvidoria do MEC.”
Pois essa ameaça de Weintraub atinge em cheio seu chefe, Bolsonaro. Se o servidor público que é professor infringe a lei ao estimular protestos, o presidente da República, que também é servidor público, também infringiu a mesma lei ao publicar nas redes sociais posts de estímulo à participação de seus seguidores no protesto de cinco dias atrás, a favor do seu governo.
Ou será que, além de semianalfabeto e desbocado, Weintraub também é burro ao ponto de não saber que o presidente da República não é nada mais, nada menos do que mais um servidor público?
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