Fórmula 1 no Rio de Janeiro? Doria e Covas afirmam que não estão sabendo de nada

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O governo de São Paulo e a Prefeitura da capital paulista afirmaram em nota que “desconhecem qualquer obstáculo que possa inviabilizar a renovação do contrato” para manter o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 no Autódromo de Interlagos. O contrato vence em dezembro de 2020 e, segundo as gestões do governador João Doria e do prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB, desde novembro do ano passado São Paulo atua para renovar o contrato a partir de 2021.

Nesta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 deve voltar ser realizado no Rio. “Já está bastante avançado”, disse Bolsonaro. As provas seriam realizadas no futuro Autódromo de Deodoro, que ficaria pronto “em seis ou sete meses” e “sem dinheiro público”, segundo Bolsonaro.

O presidente foi além, e disse que a corrida seria já realizada no Rio em 2020 – quando o contrato de São Paulo com a Liberty Media, grupo americano que controla a F-1 ainda estará em vigor.

“Por ocasião da Fórmula 1 do ano que vem, ela será realizada no Brasil e no caso no Rio de Janeiro. São milhares de empregos, o setor hoteleiro feliz, com toda a certeza, sete mil empregos direto e indiretos que permanecerão para sempre. Ou seja, ganha o Rio de Janeiro, ganha o Brasil (…) Sem nenhum dinheiro público.”

“Após o resultado das eleições do ano passado, a direção da Fórmula 1 resolveu manter a possibilidade de termos provas no Brasil”, explicou o presidente. “Em São Paulo, como tinha participação pública [em Interlagos], uma dívida enorme, tornou-se inviável a permanência da F1 lá”, afirmou o presidente.

Segundo o Globoesporte.com, o novo autódromo do Rio terá o nome de Ayrton Senna. O orçamento inicial do novo autódromo é de R$ 850 milhões. A previsão é de que os setores de arquibancada (inclusive naturais) sejam capazes de receber até 130 mil pessoas.

Em sua conta no Twitter após a cerimônia, Bolsonaro afirmou que as obras seriam arcadas integralmente pela iniciativa privada. O presidente também afirmou que o autódromo será batizado em homenagem ao tricampeão de Formula 1 Ayrton Senna.

A última Fórmula 1 realizada no Rio foi em 1989. Ao todo foram dez GPs na cidade, todas no antigo autódromo. Desde 1990, a etapa é realizada em Interlagos, São Paulo.

Veja a nota conjunta do governo e Prefeitura de São Paulo

“A propósito do Grande Prêmio Brasil de F1, o Governo de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo informam que:

1 – há um contrato em vigor com a empresa responsável pela organização do GP Brasil de F1, válido até dezembro de 2020

2 – desde novembro de 2018, a Prefeitura de São Paulo atua para a renovação do contrato do GP Brasil de F1 na cidade de São Paulo, a partir de 2021. Há convicção de que o bom entendimento vai prevalecer.

3 – a Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado de São Paulo desconhecem qualquer obstáculo que possa inviabilizar a renovação do referido contrato

4 – o projeto de concessão do Autódromo de Interlagos ao setor privado, elaborado pela gestão João Doria e mantido pela administração Bruno Covas, tramita na Câmara Municipal e representa um importante ativo para a manutenção da área em sua proposta original, ou seja, o Autódromo Internacional de Interlagos.

Prefeitura de São Paulo e Governo do Estado de São Paulo

08 de maio de 2019″

De G1