Gleisi diz que pacto de Toffoli com Bolsonaro é indefensável

Todos os posts, Últimas notícias

PT, PSOL, PSB, PDT, PC do B, Rede e PCB decidiram questionar os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pela participação em um “pacto” com o presidente da República, Jair Bolsonaro. O “pacto” teria o objetivo de harmonizar os três poderes e dar andamento à reforma da Previdência, ou como preferiram chamar, às “macrorreformas estruturais” do governo em tramitação no Congresso Nacional. A informação é da Folha da S. Paulo.  Toffoli é considerado o principal articulador do entendimento.

Em reunião nesta quarta (29), o Fórum dos Partidos de Oposição ampliou para sete seus participantes, com a entrada de Rede e PCB no colegiado partidário. O governador do Piauí, Welington Dias (PT), e a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, participaram da reunião. Dias está organizando uma reunião do fórum com os governadores do campo progressista. As legendas oposicionistas devem divulgar uma nota criticando a “tibieza” de Maia.

Além de Gleisi e Dias, estiveram na reunião os presidentes do PSB, Carlos Siqueira; do PSOL, Juliano Medeiros; do PDT, Carlos Lupi; do PCdoB, Luciana Santos; os representantes da Rede, Pedro Ivo Batista, e do PCB, Golbery Lessa; e outros dirigentes dos partidos.

Gleisi disse que “é indefensável a participação do Supremo na definição de políticas de governo que um dia terão de julgar”.  Na terça (28) pela manhã, Bolsonaro, Toffoli, Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se reuniram no Palácio da Alvorada para costurar o pacto. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse após o encontro que  a intenção é “dialogar a favor do Brasil”.

Juliano Medeiros, presidente do PSOL, disse estranhar a participação de Toffoli e Maia nessa costura, já que eles presidem poderes que foram os dois principais alvos dos protestos a favor de Bolsonaro no domingo (26). “Que pacto é esse? Sobre qual reforma? Nós também defendemos uma reforma tributária. Mas, certamente, não é a mesma de Bolsonaro”, disse Medeiros.

Da RBA