Irmão de Malafaia negocia cargos no governo Witzel

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O deputado estadual Samuel Malafaia (DEM), irmão do pastor Silas Malafaia, dono da Igreja Vitória em Cristo, articula para indicar aliados à Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos (Ceperj), subordinada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. No governo Luiz Fernando Pezão (MDB), o parlamentar criou um feudo no órgão, especificamente em cargos ligados à presidência e a diretorias do órgão. Agora, Malafaia atua nos bastidores para voltar à fundação. O DEM ganhou força com o governador Wilson Witzel em troca de apoio na Alerj.

Samuel Malafaia confirmou à Coluna o interesse na Fundação Ceperj e que conversará com Wilson Witzel em breve. De acordo com o parlamentar, quem tem feito a ponte nas negociações é o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL). “Sou filho de pedagogos. Estou pronto para colaborar. Sou um soldado. Esse órgão tem um potencial enorme”, disse Malafaia. Ele e o irmão Silas, no entanto, apoiaram a campanha para governador de Eduardo Paes (DEM), ex-prefeito, derrotado por Witzel no segundo turno.

Em troca de apoio na Alerj, Witzel deixou a Imprensa Oficial para o DEM. Silas Malafaia indicou Homero de Araújo como diretor industrial, e Jorge Aluísio, chefe de gabinete da presidência. Já o deputado Fábio Silva, na foto com o amigo Eduardo Cunha (MDB), hoje preso, nomeou José Roberto Vicente Cardozo para ser diretor financeiro. O deputado Filipe Soares emplacou Alexandre Augusto Gonçalves, diretor administrativo, que foi seu chefe de gabinete na Alerj. O segundo suplente Milton Rangel manteve o amigo José Cláudio Ururahy presidente.

Witzel não sacramentou apoio a uma possível candidatura do deputado Rodrigo Amorim (PSL) a prefeito do Rio. Mas ele tem pautado a agenda diária, digamos, a uma pré-campanha. No último domingo, não foi diferente. Em clima eleitoral, Amorim até tentou puxar um “Fora, Crivella!”, em Copacabana, mas foi ignorado pelos presentes. Aliás, usou camisa e segurou bandeira com o rosto de Flávio Bolsonaro (PSL), senador investigado pelo Ministério Público.

De O Dia