Empresas alinhadas ao Turismo temem consequências da prisão de assessores do ministro
A prisão de três assessores do ministro Marcelo Álvaro Antônio (PSL) nesta quinta-feira (27) preocupou empresas do setor de turismo. O maior receio não é que a situação arranhe a imagem do país ou impacte a venda de pacotes, mas que a pasta seja alterada radicalmente. Isso tornaria necessário, mais uma vez, recomeçar o diálogo com o governo do zero. Tudo no momento em que as conversas com Brasília têm sido mais produtivas, de acordo com entidades.
O Ministério do Turismo foi criado há pouco mais de 16 anos, em 2003. De lá para cá, foram 14 nomes à frente da pasta. “Uma troca é algo muito ruim, sempre é preciso explicar para o novo ministro o que é o setor. Freia tudo”, diz Orlando de Souza, diretor-executivo do Fohb (que reúne grandes redes de hotel).
Ainda é cedo para tirar conclusões sobre a continuidade da equipe, mas o setor está numa crescente, segundo Alexandre Sampaio, presidente do conselho de turismo da CNC (Confederação Nacional do Comércio).
“Estamos vivendo um dos melhores momentos do turismo brasileiro nos últimos tempos, com conquistas como a questão da abertura [do mercado] para aéreas [estrangeiras] e a maior isenção de vistos. São vitórias muito expressivas. Lamentaríamos muito se o time atual tivesse que sair”, diz Sampaio.
Mesmo que a equipe e o ministro continuem, o risco maior é que a situação atrase discussões já em andamento, como o debate sobre tributação de remessas para o exterior, afirma Gervasio Tanabe, diretor-executivo da Abracorp (associação de viagens de negócios).
Da FSP