Ernesto, o louco, muda organização de concurso para carreira diplomática sem licitação

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O Ministério das Relações Exteriores substituiu sem licitação a banca organizadora do concurso de ingresso para o Instituto Rio Branco, responsável pela formação de novos diplomatas. A informação foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (27).

A banca escolhida foi o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), substituindo o Cebraspe/UnB, que organizava a prova desde 1993.

Na lista de concursos organizados pelo Iades, há diversas provas para órgãos do Distrito Federal (DF), além de outros certames na região Centro-Oeste. A troca surpreendeu candidatos e professores de cursos preparatórios para o Rio Branco. A nova organizadora se envolveu recentemente em uma polêmica no concurso da Polícia Militar do DF.

Guilherme Casarões, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) e de cursos preparatórios para a carreira diplomática, comentou nas redes sociais a alteração, destacando a ausência de processo licitatório e possíveis mudanças no conteúdo das provas.

Em 2018, o Iades foi alvo de uma denúncia por parte de uma comissão formada por candidatos ao concurso para ingresso na PM do DF, realizado em maio do ano passado. As possíveis irregularidades foram, à época, encaminhadas para a Polícia Civil do DF, para o Ministério Público e para Corregedoria da Polícia Militar.

A comissão apontou que candidatos entraram nos locais de prova após o horário estabelecido no edital, quedas de energia em lugares nos quais eram realizados o certame e até o uso de celulares por parte de pessoas que realizavam o exame.

Outra reclamação foi o fato de que a banca teria divulgado horários diferentes nos comprovantes de inscrição dos candidatos para a realização da prova: uns marcavam 13h30 e outros 14h. Além disso, a comissão coletou relato de pessoas que afirmam que fiscais de prova informavam de forma equivocada o tempo restante para a realização do teste durante sua aplicação.

O Iasde também enfrentou problemas na correção das redações do certame, por problemas na digitalização dos textos de alguns candidatos.

De Brasil de Fato