Procuradores da Lava Jato não queriam outro juiz além de Moro

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(Reprodução/VEJA)

Mensagens trocadas por Deltan com seus colegas e Moro, publicadas pelo Intercept no início do mês, revelam que a Lava Jato se preocupava com a fragilidade dos elementos que tinha contra Lula e queriam que o caso ficasse em Curitiba e fosse julgado por Moro, sugerindo que outro juiz poderia não trabalhar pela condenação do ex-presidente..

A Procuradoria-Geral da República e a força-tarefa de Curitiba aceitaram retomar as negociações com Leo Pinheiro em março de 2017, quando o processo aberto para examinar o caso do tríplex estava se aproximando do fim e Léo Pinheiro se preparava para ser interrogado por Moro.

Em seu depoimento, em 24 de abril, o empreiteiro afirmou que tinha uma conta informal para administrar acertos com o PT, introduzindo pela primeira vez o tema em sua versão. Além disso, acusou Lula de orientá-lo a destruir provas de sua relação com o partido após o início da Lava Jato.

O depoimento foi decisivo para o desfecho do caso do tríplex, porque permitiu a Moro conectar o apartamento à corrupção na Petrobras, justificando assim a condenação do ex-presidente Lula pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Mensagens trocadas por Deltan com seus colegas e Moro nessa época, publicadas pelo Intercept no início do mês, revelam que a força-tarefa se preocupava com a fragilidade dos elementos que tinha para estabelecer essa conexão, essencial para que o caso ficasse em Curitiba e fosse julgado por Moro.

Da FSP.