Rio Pinheiros estará despoluído até 2022, promete governador de SP

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na manhã desta quarta-feira (5) que vai privatizar o prédio da Usina da Traição para transformar o local em uma espécie de “Puerto Madero” com área de lazer para população. Ele também prometeu despoluir o Rio Pinheiros até dezembro de 2022.

Puerto Madero é um dos bairros mais populares de Buenos Aires, em que há um porto às margens do Rio da Prata. O local que é repleto de bares e restaurantes tornou-se um ponto turístico na capital argentina.

“O prazo estabelecido pelo governador para a Sabesp, Emae, Daee, Cetesb e os órgãos competentes através da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente é até dezembro de 2022 para entregarmos um rio limpo para a população de São Paulo e as margens recuperadas também”, afirmou o governador na manhã desta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente. Ele também declarou que as duas estações de energia elétrica nas margens do Pinheiros serão retiradas até 2020 e os fios serão enterrados.

Esse é mais um projeto apresentado pelos governos tucanos nas últimas décadas de despoluição dos principais rios que cortam a cidade de São Paulo. “Uma parte dos recursos serão do estado, recurso colocados em orçamento, sobretudo a partir do próximo ano e recursos privados sobretudo através da concessão de algumas áreas de transporte turístico de passageiros no Rio Pinheiros”, afirmou Doria sobre a despoluição do Rio Pinheiros.

Questionado sobre as promessas de despoluição anteriores dos rios Tietê e Pinheiros, o governador disse que não ia fazer “juízo sobre seus antecessores” e que cumpre sua palavra.

Doria e o prefeito Bruno Covas (PSDB) andaram de bote no Rio Pinheiros nesta manhã para acompanhar o trabalho de embarcações que coletam resíduos superficiais na água chamadas de ecobarcos. Entre janeiro e abril deste ano, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) retirou mais de 1.600 toneladas de resíduos nas usinas da Pedreira e da Traição, no Rio Pinheiros.

Já o Rio Tietê deve ser despoluído em 8 anos, iniciando por Guarulhos e Mogi das Cruzes, segundo o governo do estado.

Privatização Usina

Com a privatização, a Usina da Traição passará a se chamar Usina São Paulo. “Em espaço chamado Usina da Traição será concedido ao setor privado. O programa de concessão será apresentado no ano que vem. Em 2021, esse espaço será privado. A usina continuará a funcionar, mas os outros espaços serão público de lazer, para entretenimento, para cafés, para restaurantes, tudo isso acompanhando a despoluição do Rio Pinheiros. A dimensão e a localização desse espaço e a sua localização poderá transformar usina que deixará de se chamar Usina da Traição para Usina São Paulo em uma espécie de Puerto Madero paulistano”, disse Doria.

A Usina Elevatória de Traição ou Usina de Traição, construída sobre o Rio Pinheiros e localizada perto da Ponte Engenheiro Ary Torres, foi inaugurada em 1940 para aumentar a capacidade de geração de eletricidade da Usina Hidrelétrica Henry Borden. Atualmente, ela também tem como objetivo reverter o curso das águas dos rios Tietê e Pinheiros, para serem encaminhadas à Usina Elevatória de Pedreira e depois ao Reservatório Billings.

De acordo com Ronaldo Camargo, presidente do Emae, o prédio da década de 40 está ocioso. “Nós estamos já discutindo com alguns arquitetos, estamos desenhando alguns esboços. A ideia é termos aqui [usina] uma área grande de lazer com restaurantes e bares e acessibilidade para pessoas que vêm de carro pela marginal como para pessoas que vem da estação da CPTM, que ficam em nosso terreno e tem acesso direto”, declarou ele sobre o futuro espaço de convivência.

De G1