álbum família/Estadão

Fake news: direita tenta transformar Santa Cruz em bandido

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O homem que segura uma arma ao lado do ex-ministro José Dirceu em foto que circula nas redes sociais não é Fernando Augusto Santa Cruz, pai do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz.

A imagem retrata, na verdade, um dos policiais que participou da prisão de Dirceu, então líder estudantil, em Ibiúna (SP), em 1968.

A informação falsa, que consta em legenda que acompanha a foto, já acumula mais de 9.200 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta terça-feira (30).

                                                                                        FALSO

Esse ao lado de José Dirceu é Fernando Santa Cruz, pai do atual presidente da OAB Nacional.

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Não é Fernando Augusto Santa Cruz, pai do presidente da OAB (Ordem dos Advogados), Felipe Santa Cruz, quem aparece com uma arma ao lado de José Dirceu em foto difundida nas redes sociais. O homem na imagem é um policial não identificado que realizou a prisão de Dirceu em 1968, em Ibiúna (SP), durante congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Outra imagem da mesma ocasião, registrada por Alfredo Rizzutti, do Estadão, pode ser vista abaixo:

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Dirceu foi um dos 15 presos políticos libertados em troca da soltura do embaixador americano Charles Burke Elbrick, sequestrado em setembro de 1969 por militantes do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) e da ALN (Ação Libertadora Nacional).

Fernando Augusto Santa Cruz, de fato, foi um militante da APML (Ação Popular Marxista-Leninista) durante o regime militar, mas o Aos Fatos não encontrou registros de que ele tenha participado da guerrilha. Fernando foi preso no Rio de Janeiro no dia 22 de setembro de 1978.

Esta é a segunda checagem que Aos Fatos faz de uma desinformação sobre Fernando Santa Cruz desde que o presidente Jair Bolsonaro disse, na segunda-feira (29), que ele teria sido morto pela cúpula da Ação Popular. Essa informação é falsa: segundo documentos da CNV (Comissão Nacional da Verdade) e da Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Fernando foi preso e morto pelo Estado durante o regime militar.

De Aos Fatos