Novos vazamentos são o striptease de Deltan

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Foto: Pedro Ladeira | Folhapress

Poucas vezes um tuíte se mostrou tão inoportuno quanto o do principal procurador da Lava Jato no último sábado (13). Escreveu @deltanmd “Trabalhar na Lava Jato gera um grande custo pessoal. Mas todos da força-tarefa estamos dispostos a pagá-lo para cumprir nosso dever e contribuir para um país com menos corrupção e menos sofrimento humano causado por essas práticas espúrias.”​

No dia seguinte (14), o autor e sua declaração pública de integridade e abnegação foram expostos ao vexame da leva de mensagens da Vaza Jato. Nelas, Deltan combina com um colega a criação de uma empresa de palestras no nome de suas mulheres para fugir de questionamentos legais, e conta ter recebido R$ 400 mil líquidos em um ano de perorações pelo país.

O resultado foi uma enxurrada de críticas na plataforma.

Na definição da jornalista e diretora do portal Metropoles.com, @lilian_tahan “Folha de S. Paulo deixa Deltan nu em sua manchete de hoje. Pelas mensagens obtidas, fica claro que o combate à corrupção é pano de fundo para ele organizar vida mais abonada. Não é ilegal, mas é constrangedor. Um herói a menos no país da malandragem.”

Também tuitou o professor da Faculdade de Direito da USP, @conradohubner “A magistocracia mais bem remunerada do mundo, que consome a maior parcela do PIB no mundo, não se satisfaz com salário. Retorce a lei e se dedica a palestras. Se der pra usar fama da Lava Jato e o serviço de assessoras do MPF, melhor ainda. Dobram o salário.”