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Trump não está apaixonado por Bolsonaro; só quer frear parceiro chinês

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A declaração foi dada durante uma entrevista de Trump a repórteres na Casa Branca.

“Eu tenho um ótimo relacionamento com o Brasil. Eu tenho um relacionamento fantástico com o seu presidente. Ele é um grande cavalheiro. Dizem que ele é o Trump do Brasil. Eu gosto disso, é um elogio. Eu acho que ele está fazendo um ótimo trabalho. É um trabalho duro, mas acho que seu presidente está fazendo um trabalho fantástico. Ele é um homem maravilhoso com uma família maravilhosa”, disse Trump.

ara Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM/SP), um possível acordo de livre comércio entre os EUA e o Brasil é benéfico, porém bastante complexo.

“Pelo histórico, pela questão do interesse, o acordo com os Estados Unidos, considerando já o acordo com a União Europeia e Mercosul, seria um grande ganho para o Brasil, do ponto de vista de acesso a mercados. Outros países já tem acordo com os Estados Unidos e os países do Mercosul acabaram não tendo esse interesse por decisões políticas , foi algo que acabou ficando para trás”, disse à Sputnik Brasil.

Denilde Holzhacker prevê que, por conta de toda complexidade que esse tipo de negociação envolve, o acordo comece a caminhar somente no ano que vem.

“O mais provável é que a gente tenha um início de um processo para que no ano que vem possivelmente se tenham alguns andamentos. Também vai depender do objetivo do acordo, se vai ser um acordo mais limitado, se vai ser um acordo mais geral. Ainda têm muitos pontos que precisam ser analisados antes de fazer um prognóstico da velocidade desse processo”, comentou.

Já o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse nesta terça-feira (30) que o Brasil precisa garantir que nenhum termo do acerto firmado entre o Mercosul e a União Europeia seja prejudicial a um possível acordo de livre comércio com os Estados Unidos.

Denilde Holzhacker o interesse dos Estados Unidos em fazer esse acordo com o Brasil é tentar competir com a expansão chinesa no continente.

“[Trump] está conseguindo fazer com que a posição das empresas americanas melhorem nas relações com o Brasil, inclusive se tornando um player importante em contraponto a expansão chinesa na região da América do Sul. E isso é obviamente um grande ganho para ele”, completou.

Wilbur Ross disse que o estreitamento dos laços entre os dois países começou durante o encontro do presidente Jair Bolsonaro com Trump, em junho, e que ambos vêm trabalhando para melhorar as relações comerciais desde então.

De Sputniknews