Segundo o porta-voz, o governo está aberto a receber aportes de organizações e países, e que, em sendo oferecidos, haverá sempre um “estudo de situação” para verificar se a doação será aceita, como e o que será feito dela.
O porta-voz foi insistentemente questionado sobre se a ajuda do G7, então, seria recebida e se a exigência do pedido de desculpas de Macron havia sido deixada de lado. Mas a resposta acabou sendo sempre a mesma, a de que o governo está aberto, desde que a verba esteja condicionada ao reconhecimento da soberania e da governança do governo brasileiro.
“Quaisquer que sejam os países que venham a cooperar conosco, que esses países tenham um alinhamento natural e aceitável pelo nosso país, incluindo países da União Europeia, onde a gente vê a preocupação com o meio ambiente”, disse Rêgo Barros.
E acrescentou: “Qualquer líder que não seja o líder do nosso país, e que venha a fazer comentários sobre como nosso governo deve definir nossas ações, deve entender que aqui existe governança que entende suas necessidades. Vamos receber recursos estrangeiros desde que analisado que a governança seja nossa”.
Pela manhã, Bolsonaro disse que, para receber os recursos, queria um posicionamento de Macron. “Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que fez à minha pessoa. Primeiro, me chamou de mentiroso. Depois, as informações que tive, é que a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Então, realmente para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções, ele (Macron) vai ter que retirar essas palavras. Primeiro, ele retira, depois ele oferece e daí eu respondo”.
Questionado sobre o recuo quanto ao pedido de desculpas de Macron, o porta-voz disse não ver dessa forma. “Ele [Bolsonaro] tem um estudo continuado de situação e é assessorado pelos senhores ministros, naquilo que compete a cada um, e o presidente captura essas informações. Não existem recuos do presidente. O presidente avança em direção ao bem-estar da sociedade brasileira”, disse Rêgo Barros.