Marcos Oliveira/AgSenado

Lula fica em Curitiba, mas deve ir pra casa, por ser inocente

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Por 10 votos a 1 os ministros da Suprema Corte suspenderam nesta quarta-feira, 7, a transferência de Lula para São Paulo. 12 partidos foram à audiência marcada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com o presidente do STF, Dias Toffoli, contra a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba para uma penitenciária em Tremembé, São Paulo. A decisão de transferir Lula foi da juíza Carolina Lebbos e foi publicada também nesta quarta.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se posicionou contrário à transferência de Lula. “De fato não é uma decisão simples. É uma decisão extemporânea. Então, aquilo que a Presidência da Câmara puder acompanhar junto com a bancada do PT, nós estamos à disposição para que o direito do ex-presidente seja garantido”, disse Maia

Cerca de 70 deputados e senadores de partidos e de esquerda e do chamado Centrão deixaram o Congresso na tarde desta quarta e seguiram a pé para o STF. Os parlamentares foram defender a anulação da transferência ou ao menos que Lula fique em uma sala de Estado-Maior caso realmente fosse transferido pra São Paulo.

Segundo os advogados do ex-presidente, a juíza desconsiderou o argumento principal da defesa de que o traslado só deve ocorrer se mantida às atuais condições carcerárias. “Todos os deputados voltaram muito animados, pois Toffoli prometeu decisão rápida e cumpriu”, explicou o deputado Waldir Damous.

Presente na reunião, o deputado Paulo Pimenta afirmou que não é razoável que a defesa saiba da transferência de um preso pela imprensa. “Queremos que o presidente Lula tenha o direito de ser julgado como qualquer outro acusado neste país. Com direito a ampla defesa”, Paulo Pimenta.

“A audiência com o STF marcada pela Câmara dos Deputados, que foi representada pelo primeiro vice-presidente da Casa, foi o ato mais amplo feito no Congresso no sentido de defender os direitos do ex-presidente”, garantiu a deputada, Jandira Feghali.

De Comitê Lula Livre