Carta de 32 líderes cobra ação pelo clima
Uma declaração assinada por 32 chefes de Estado e de governo, incluindo o presidente da Itália, Sergio Mattarella, pede ações “rápidas e decisivas” da comunidade internacional para frear a crise climática no planeta.
O documento foi divulgado nesta quinta-feira (19), em vista da cúpula das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, que acontecerá no próximo dia 23 de setembro, em Nova York, e conta com a assinatura de 23 países da Europa, quatro da Ásia, quatro da África e um da Oceania.
“As atuais medidas tomadas pela comunidade internacional […] não são suficientes pra alcançar os objetivos de longo prazo estabelecidos pelo Acordo de Paris. É preciso fazer mais, e a ação deve ser rápida, decisiva e conjunta”, diz o texto.
O tratado assinado em 2015 obriga os países signatários a manterem o aumento da temperatura média do planeta “bem abaixo” de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, mas há relatórios que apontam que, no ritmo atual, essa meta não será cumprida.
“Agora é hora de reforçar a ação e a ambição. Nós, chefes de Estado e de governo, estamos convencidos de que medidas eficazes para a luta às mudanças climáticas não são necessárias apenas por si só, mas também criam outros benefícios colaterais e novas oportunidades para nossas economias e sociedades”, afirma a declaração conjunta.
No texto, os líderes dizem que a comunidade internacional tem a “obrigação coletiva com as gerações futuras de fazer tudo o que for humanamente possível para frear as mudanças climáticas e se adaptar a seus efeitos adversos”.
“Fazemos um apelo à comunidade internacional e a todas as partes do Acordo de Paris: ajamos juntos, de modo decidido e rápido, para frear a crise climática global. […] Exortamos todas as partes a tornar 2019 o ano da ambição climática, chegando à Cúpula sobre a Ação para o Clima do secretário-geral das Nações Unidas, em setembro de 2019, com planos e iniciativas concretas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa significativamente além das atuais metas para 2030”, acrescenta.
Além disso, os líderes pedem para os países zerarem suas emissões de gases até 2050. “Façamos avançar as diversas oportunidades e medidas para combater as mudanças climáticas e tornemos o futuro positivo para nosso planeta. Deixemos de herança aos nossos filhos e às gerações futuras um mundo digno de ser vivido”, conclui a carta.
O documento é assinado pelos chefes de Estado ou de governo de: Alemanha, Áustria, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Eswatini, Finlândia, França, Gana, Gâmbia, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Letônia, Líbano, Moçambique, Moldávia, Mônaco, Montenegro, Nepal, Palau, Portugal, Sérvia e Suécia.
Da Época