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Moro tenta impedir trabalho de jornalistas em evento

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, proibiu a entrada de jornalistas com celulares, gravadores e câmeras de filmagem em evento do qual foi um dos palestrantes nesta terça-feira, no Palácio Tangará, hotel de luxo localizado na zona Sul de São Paulo.

A informação foi passada à imprensa pela assessoria de comunicação do hotel.

Moro palestrou no evento internacional sobre lavagem de dinheiro “The Offshore Alert Conference Brazil”, realizado na segunda e terça-feira, em São Paulo.

Segundo o Palácio Tangará, a condição imposta pelas assessorias do ministro e do evento foi que jornalistas entrassem apenas “com papel e caneta nas mãos”.

Moro tem evitado a imprensa desde a deflagração de uma crise política que o colocou em rota de colisão com o presidente Jair Bolsonaro. O presidente queria a saída do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, que seria substituído pelo delegado Anderson Gustavo Torres – que tem a simpatia da família Bolsonaro.

O presidente passou a última semana internado em São Paulo, recuperando-se de uma hérnia incisional, e teve alta médica na segunda-feira. A urgência pela saída de Valeixo parece ter amainado desde então. Valeixo é homem de confiança de Moro.

No site do evento, em inglês, ele é descrito como um “fórum neutro”, uma “conferência que adota uma abordagem holística ao crime financeiro”.

“Em nossos eventos, você aprenderá não apenas como identificar fraudes, mas também a lucrar com isso, recuperar seus ativos se for vítima e, geralmente, entender o que está acontecendo no mundo das finanças internacionais de alto valor, para que você possa tomar decisões mais bem informadas”, diz o texto de apresentação.

Outro lado
Ao Valor, o ministro disse que não houve proibição à entrada de jornalistas com celulares e gravadores no evento, tratando-se apenas de uma falha de comunicação. “A restrição era apenas para filmagem”, disse Moro.

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