Saída da Petrobras de Camaçari coloca 14 fábricas em risco
Uma assembleia na próxima segunda-feira (16) vai discutir as alternativas para evitar a saída da Petrobras da Bahia. A reunião puxada pelo sindicato dos petroleiros [Sindipetro] deve ocorrer em Salvador. Ao Bahia Notícias, o diretor do sindicato Leonardo Urpia disse que caso a ameaça de debandada das atividades da petroleira se concretize cidades como Camaçari, São Francisco do Conde e Madre de Deus, todas na Região Metropolitana de Salvador (RMS), vão ter um prejuízo significativo. Só no Polo Industrial de Camaçari, 14 empresas podem ter as atividades finalizadas.
“Essas 14 empresas serão diretamente afetadas porque compram da Fafen [fábrica de fertilizantes da petroleira] produtos de CO2, amônia e gás carbônico, itens que elas usam nas suas atividades industriais”, relatou Urpia ao BN. Além do Polo, a refinaria Landulfo Alves [em São Francisco do Conde], que já está com a atividade reduzida, também pode ser vendida. Situação semelhante vive o terminal marítimo da Transpetro, em Madre de Deus, que também será colocado à venda.
“Esse terminal é onde a Bahia recebe e envia seus produtos. A Bahia compra também petróleo bruto para refinar aqui, mas vende nafta, gasolina, querosene, e essas entradas e saídas de produtos se dão através desse terminal que é gigantesco”, relatou. Urpia também prevê perda de força da economia do estado.
“Em 2018, a Petrobras chegou a ser responsável por 30% de toda a atividade econômica, seja através de produção de petróleo, fertilizantes e de diversos insumos. Hoje, em 2019, a Petrobras só responde por apenas 15% da atividade econômica do estado”, afirmou.