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Chile decreta estado de emergência na Capital

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O presidente do Chile, Sebastian Piñera, decretou estado de emergência em Santiago, na noite de sexta-feira (18), após a capital ser sacudida por violentos protestos contra a elevação das tarifas do metrô. Houve ataques a várias estações do serviço de transporte metropolitano, saques e incêndios.

“Decretei o estado de emergência (…) e para sua aplicação designei o general de divisão Javier Iturriaga del Campo como chefe da defesa nacional, como determina a legislação”, declarou Piñera em mensagem à nação.

Santiago foi palco de violentos protestos após a convocação de uma série “evasões em massa” no metrô contra o aumento de 800 para 830 pesos na passagem no horário de pico.

A manifestação de sexta (18), a princípio pacífica, se desenrolou em protestos violentos que prosseguiram pela noite, com ataques incendiários contra um prédio da companhia de eletricidade Enel e outro do Banco do Chile, e a várias estações do metrô.

Várias estações do metrô foram incendiadas com coquetéis molotov. A empresa responsável pela operação informou que a totalidade do Metrô da capital, que transporta cerca de 3 milhões de passageiros por dia, deixou de operar e que o fechamento será mantido durante o fim de semana.

“Toda a rede de Metrô se encontra fechada por distúrbios e destroços que impedem contar com  as condições mínimas de segurança para passageiros e trabalhadores”, anunciou a empresa ferroviária metropolitana por meio de uma mensagem no Twitter.

Com base no aumento do preço do petróleo, no dólar e na modernização do sistema, o valor do bilhete do metrô de Santiago nos horários de pico (de manhã e à tarde) subiu de 800 (cerca de R$ 4,63) para 830 pesos (R$ 4,80). Desde 2010, não havia um aumento dessa proporção.

O aumento não afetou o valor das passagens para estudantes e idosos, mas se soma ao aumento geral de 20 pesos (R$ 0,12) nas tarifas decretadas em janeiro passado.

FSP