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Francischini (PSL) critica governo: ‘falta um norte’

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A regra de ouro deve ser pautada na próxima quarta-feira (16), com ou sem consentimento de Jair Bolsonaro. Essa promessa foi feita pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL/PR).

Em coletiva de imprensa o deputado reclamou da falta de diálogo do governo e afirmou que, enquanto a equipe do presidente não abrir diálogo, será pautado na CCJ o que ele entender como importante. “Eu decidi tramitar o que eu acredito, que é o texto do Pedro Paulo (DEM-RJ). Falei com o autor do projeto, o deputado Pedro Paulo e vou tramitar. Como não conversam comigo, eu vou tocar as pautas do país que eu imagino que sejam importantes”, desabafou.

Questionado sobre a falta de diálogo do governo, Francischini disse que “falta um norte” da parte da equipe de Bolsonaro. “Hoje parece que falta um norte em algumas questões, então enquanto falta um  norte, eu vou utilizar os projetos que estão na CCJ”, disse o presidente da comissão.

Quanto a possibilidade do governo enviar a sua proposta até quinta-feira (17), tese essa divulgada pelo presidente do Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Francischini demonstrou não acreditar no timing presidencial. “Nós estamos esperando a [reforma] tributária a o que? Cinco meses. O que eu vejo é que o Brasil não pode parar, a minha visão é essa. O Brasil não pode parar no meio de picuinha, no meio de briga de protagonismo”, disse.

Ao invés do governo apresentar sua proposta, Francischini acredita que é melhor pautar apenas o texto do deputado Pedro. “Eu acho que estrategicamente era muito melhor a regra de outro ficar só o texto do Pedro Paulo. Se colocar num texto maior, eles [outros parlamentares] vão retaliar a regra de ouro”, analisa o presidente da CCJ.

O deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) já demonstrou estar bastante incomodado com a demora do governo em articular a aprovação da proposta de emenda à Constituição de sua autoria. “Se o governo não se mobilizar agora, vai ter de se movimentar em uma situação mais grave”, disse Pedro Paulo ao Congresso em Foco no final de setembro. “Essa demora no ajuste das contas só aumenta a desconfiança do investidor”, advertiu.