Reinaldo Azevedo: A irresponsabilidade de Bolsonaro

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Leia a coluna de Reinaldo Azevedo

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Caos criado por Bolsonaro em seu partido é de uma irresponsabilidade ímpar

Ainda que o PSL congregasse um bando de salafrários, sem exceção, e que Jair, o pai de Flávio Bolsonaro, fosse um monumento à moralidade e à ética, o esparramo promovido pelo presidente na legenda em que se abrigou é de uma espantosa irresponsabilidade. E, atenção!, irresponsabilidade com o país.

E, por óbvio, não escrevo isso porque o PSL seja importante para o Brasil. Ocorre que Banânia é governada por… Bolsonaro por vontade da maioria que votou, embora o digníssimo sempre se esqueça de que, ora vejam!, a maioria dos eleitores, somadas as vontades, ou escolheu outro candidato ou escolheu não escolher. Se ele soubesse o que isto quer dizer, diria para si mesmo: “Sou um misto de demiurgo e imperativo categórico de todo o povo brasileiro”. E, claro!, estaria errado. Como está agora.

Não! O PSL por si não tem a menor importância. Se o partido se desintegrasse por encanto, um vácuo de ideias seria preenchido. Ocorre que, para um governo que decidiu não ter base de apoio, há ali ao menos um núcleo em torno do qual se pode construir alguma governabilidade.

Haverá — e já noto este esforço aqui e ali — muita gente a apontar método no aparente destrambelhamento. Errado! Há é destrambelhamento onde parece haver algum método. Bolsonaro está irritado com isso e aquilo no partido, coisa sem maior importância, como se irritou com os radares, com os fiscais do Ibama ou com a importação de bananas? Todos os caminhos são bons para quem não sabe aonde quer chegar.

Do Reinaldo Azevedo