Chile segue parado por protestos contra desigualdade
Foto: Rodrigo Arangua/AFP
Bloqueios de vias e falta de transporte afetavam a capital chilena na manhã desta terça-feira, em mais um dia de protestos e de uma convocação de servidores públicos, estudantes e outras organizações para uma paralisação.
Três semanas de tumultos já deixaram mais de 20 mortos e milhares de presos, além de grandes danos que já começam a se fazer sentir na economia do maior produtor mundial de cobre.
Em duas estradas que ligam a capital Santiago a portos importantes, barricadas ardiam em chamas desde as primeiras horas do dia.
No centro de Santiago se viam menos transeuntes e uma circulação menor de ônibus da rede de transporte. Muitas empresas ajustaram horários ou decidiram não abrir devido à paralisação e a marchas convocadas para o dia.
O aeroporto de Santiago informou seus passageiros que as vias de acesso estavam normais.
O metrô de Santiago disse que funcionaria segundo o plano que vem ampliando paulatinamente desde os ataques que sofreu no início dos protestos, que deixaram várias estações com danos graves.
Já o trem que une as cidades litorâneas de Valparaíso e Viña del Mar não estava operando por não contar com os serviços mínimos necessários.
Apesar de o governo ter feito alguns acenos, como uma troca de ministros, medidas paliativas e a promessa de uma nova Constituição, os manifestantes não parecem satisfeitos e exigem reformas estruturais no modelo econômico do país.
O protesto teve início precisamente contra uma elevação nos preços do transporte, mas passou a incluir exigências de mais qualidade na saúde, educação e pensões, entre outras.