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Eduardo Bolsonaro manipula Feliciano contra PT

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O deputado federal Marco Feliciano (Pode-SP) enviou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido para que o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) seja investigado por supostamente ter cometido crime contra a segurança nacional por conta de uma postagem no Twitter em 19 de outubro onde comentava sobre as manifestações no Chile.

“Se Eduardo Bolsonaro tem que ser cassado, senador Humberto Costa também tem! Defesa da democracia não pode ser seletiva, caros Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, pois senão é demagogia pura!”, escreveu Feliciano em seu Twitter na manhã deste sábado.

Pouco menos de uma hora depois, Eduardo Bolsonaro insinuou que fará o mesmo com parlamentares de esquerda, ao retuitar o deputado do Podemos e escrever: “Parabéns ao Feliciano. Também estou coletando posts e falas de parlamentares para representar no conselho de ética por conta de incitação a desordem e quebra da democracia. Acredito na imunidade parlamentar de todos nós, mas pau que dá em Chico também tem que dar em Francisco”.

O pedido de Feliciano se dá após Eduardo também ser ameaçado de punição por ter declarado na última quinta-feira (31) que seria necessário “um novo AI-5” para conter o que chamou de esquerda radical. A fala do terceiro filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) gerou revolta e respostas de parlamentares de esquerda, direita, além de ministros e dos presidentes das duas Casas.

Para o parlamentar paulista, o petista cometeu crimes ao supostamente fazer apologia à violência nas ruas do Chile e incentivar uma guerra civil no Brasil. Em 19 de outubro e com uma foto de um prédio em chamas, Humberto Costa escreveu:

“A paciência do povo com a direita ultraliberal, fascista e entreguista está acabando em diversos lugares do mundo. Jair Bolsonaro está com os dias contados. É questão de tempo. A hora do Brasil vai chegar. Anotem aí”.

O pedido de Marco Feliciano contra Humberto Costa, agora, pode ser arquivado por Aras ou o PGR pode pedir que o STF abre um inquérito.

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