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Homenagem absurda a Pinochet é cancelada em SP

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O presidente da Assembleia Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Caue Macris (PSDB), assinou nesta quinta-feira (21) um ato para impedir o evento em homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet – pedido do deputado estadual Frederico D´Ávila (PSL). O ato será publicado no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (22).

O evento estava previsto na agenda oficial da Alesp para o dia 10 de dezembro, data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos, e nesta quinta já aparece como cancelado.

“A tentativa de homenagear um ditador, condenado por cortes internacionais por crimes contra a humanidade, não acrescenta absolutamente nada para sociedade e contribui para o debate dos extremos, infelizmente cada vez maior no cotidiano”, disse Macris na conta oficial da Alesp no Twitter.

“Por isso, este tipo de evento não encontrará espaço na Assembleia Legislativa de São Paulo”, completou.

Eleito para o primeiro mandato como deputado em 2018 com 24.470 votos, D’Ávila é ruralista e participou da criação do plano de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para a área. Antes, foi assessor especial de Geraldo Alckmin (PSDB) no governo de São Paulo. O G1 procurou D’Ávila para comentar o cancelamento do evento nesta quinta, mas não conseguiu contato.

Augusto Pinochet

Durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), cerca de 3,2 mil pessoas foram mortas por agentes do Estado, das quais mais de 1,1 mil ainda estão desaparecidas. Outras 40 mil foram presas e torturadas por razões políticas.

Pinochet morreu em 2006 enquanto respondia a três processos judiciais por acusações sobre violações de direitos humanos em seu governo e sonegação de impostos. Ele chegou a ser preso no fim da vida no Reino Unido, para onde fugiu em meio às acusações que sofria no Chile.